Americanas contrata Cristiano Zanin – Em meio a um processo de recuperação judicial e demissões que começaram a ser feitas, a Americanas contrata Cristiano Zanin, advogado que defendeu Lula na Operação Lava Jato. Saiba mais aqui no Guia do Ex-Negativado.
Americanas contrata advogado de Lula
A contratação do advogado por parte do grupo Americanas é para que defenda a empresa no processo que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em que o Banco BTG Pactual está brigando para continuar retendo R$ 1,2 bilhão dos caixas da varejista.
A Americanas, por sua vez, entende que esse é um dos golpes mais duros que podia sofrer logo após ter encontrado um rombo de R$ 20 bilhões, que resultou em um pedido de recuperação judicial com urgência.
Com bloqueios judiciais e cancelamentos de adiantamentos, os caixas da Americanas ficaram quase vazios segundo diz a própria empresa – cerca de R$ 800 milhões.
O pedido para entrar em recuperação judicial foi a forma encontrada para que não decretasse falência de forma imediata com um total de R$ 40 bilhões em dívidas, com mais de oito mil credores ávidos.
Quem é o advogado de Lula?
Cristiano Zanin é um dos nomes mais influentes em atividade na advocacia do Brasil, sendo cotado, inclusive, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
O advogado acompanhou Lula em todo o processo na Lava Jato e nos 580 dias de prisão pelos quais o atual presidente passou.
Além de ter obtido notoriedade pela defesa de Lula na Lava Jato, Zenin é membro do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) e da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP). Atua na advocacia desde 2000 e se tornou advogado da família de Lula em 2013.
Demissões nas Americanas
Segundo informações do jornal Estado de Minas, a Americanas começa a enfrentar demissões em sua sede no Rio de Janeiro, fundada em 1927 por imigrantes americanos. A próxima etapa, por sua vez, deverá ser São Paulo, onde está concentrado o maior número de lojas e CDs da empresa. Os cortes, por enquanto, afetarão principalmente funcionários indiretos, mas também incluirão pessoal contratado sob regime CLT.
Em outras cidades, como Porto Alegre, onde existem menos pontos de venda, já houve demissões de funcionários com menos de um ano de casa.
A Americanas, por sua vez, negou que ocorressem demissões, alegando apenas ter interrompido contratos com empresas terceirizadas.
Vale ressaltar que, como os funcionários não foram incluídos na recuperação judicial da empresa, os valores devidos a eles não poderão ser cobertos pelo processo e precisarão ser pagos normalmente pela empresa.
A Americanas tem cerca de R$ 43 bilhões de dívidas com credores e emprega cerca de 45 mil funcionários diretos e 60 mil indiretos.
A varejista enfrenta uma dificuldade adicional com os cortes, pois, em sua pressa em apresentar a recuperação judicial, não incluiu os funcionários no processo, o que significa que o valor devido aos trabalhadores dispensados não pode ser incluído na recuperação judicial.
Relembre a crise da Americanas
No dia ia 12 de janeiro, o ex-CEO da Americanas, Sérgio Rial, deu a impactante notícia de que a empresa estava enfrentando um déficit financeiro, no valor de R$ 20 bilhões, que pode se agravar até R$ 40 bilhões – que se confirmou em seguida.
A informação foi recebida com surpresa e preocupação pelo mercado, resultando em uma queda significativa das ações da varejista, na ordem de mais de 90% de queda.
Diante dessa situação sem precedentes na empresa, os acionistas passaram a buscar soluções extremas para lidar com a crise financeira, chegando rapidamente ao consenso de que precisaria pedir recuperação judicial para evitar a quebra total da empresa.
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