O Bitcoin voltou a crescer, sendo negociado acima de US$ 30 mil pela primeira vez desde junho do ano passado, impulsionado pela perspectiva de flexibilização da política monetária, estancamento da crise bancária nos EUA e Europa.
Além disso, há a expectativa de uma regulação mais assertiva para o setor de ativos digitais. A retomada do rali é um sinal positivo para os investidores, uma vez que o bitcoin acumula uma alta de quase 82% no ano, superando a maioria dos ativos de risco.
A alta do Bitcoin é acompanhada por um aumento de 10% no chamado “open interest”, os contratos futuros em aberto. Nas últimas 24 horas, a valorização gerou cerca de US$ 162 milhões em liquidações, um volume ainda modesto, especialmente no mercado à vista.
No entanto, a expectativa é de que o mercado continue em crescimento, especialmente com a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve e do Índice de Preços ao Consumidor de março.
Riscos dos ativos não são descartados
Embora haja uma perspectiva positiva para os ativos de risco, os analistas alertam que novas situações envolvendo bancos e escassez de crédito não podem ser descartadas, o que deve limitar as expectativas e o otimismo do mercado.
A temporada de balanços dos EUA também será acompanhada de perto pelos investidores, principalmente por conta dos resultados dos grandes bancos, que podem trazer volatilidade ao mercado acionário e comprometer a recuperação dos ativos de risco em geral.
Apesar desses alerta, a expectativa é de que o Bitcoin continue a buscar novas resistências de valorização, como a faixa de US$ 31,5 mil.
No entanto, os analistas alertam que a pressão vendedora nessa região será grande, e um movimento de recuo mais agressivo pode acontecer caso o preço rejeite essa região.
De qualquer forma, o valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo já ultrapassa a marca de US$ 1,28 trilhão, demonstrando o crescente interesse dos investidores por esses ativos digitais.
