Credores das Americanas podem ter acordo – O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, revelou que a expectativa dos credores das Americanas é de que um acordo seja alcançado até junho. Essa informação, divulgada pelo Broadcast/Estadão em abril, traz otimismo ao mercado financeiro.
Segundo Lazari, embora o acordo não seja considerado “ótimo”, espera-se que atinja um ponto “razoável” para todas as partes envolvidas.
Avanço nas negociações para um acordo “razoável” com os credores das Americanas
Durante uma coletiva de imprensa para discutir os resultados do banco no primeiro trimestre, Lazari afirmou que houve avanços nas negociações com as Americanas desde o último comunicado.
Apesar de não mencionar explicitamente o nome da varejista que atravessa crise financeira drástica, ficou subentendido nas entrelinhas, que o Bradesco está envolvido nas tratativas para um acordo favorável.
O presidente do banco ressaltou que os demais agentes interessados estão em discussões intensas para definir os termos do acordo.
Embora tenha destacado que o desfecho esperado será “razoável” e não “ótimo”, Lazari admitiu que ainda não é possível prever o montante exato a ser recuperado pelos credores.
O objetivo sempre, é óbvio, seria o de recuperar 100% do valor provisionado, mas há incertezas nesse sentido.
Desejo geral dos bancos
A Coluna do Broadcast do Estadão já havia revelado que os bancos desejam que os acionistas de referência da Americanas, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, injetem R$ 12 bilhões na empresa de imediato.
Atualmente, a proposta em discussão contempla R$ 10 bilhões e mais R$ 2 bilhões em um momento futuro, dependendo do desempenho da varejista.
Como maior credor financeiro da Americanas, o Bradesco já provisionou cerca de R$ 4,9 bilhões de sua exposição à companhia no balanço do último trimestre de 2022.
Agora, o banco aguarda o desfecho das negociações para obter maior clareza sobre a recuperação dos recursos.
Acordo em vista
O Bradesco está otimista e confiante de que um acordo seja alcançado até junho, trazendo um cenário mais estável para a Americanas e para os credores envolvidos.
Essa expectativa positiva pode ter impacto direto nos resultados futuros do banco e na confiança do mercado financeiro.