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Como a Venezuela quebrou? Entenda motivos e o valor da dívida com o Brasil

31/05/2023

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Como a Venezuela quebrou? Entenda os motivos e o valor da dívida com o Brasil em 2023. Valor passa de R$ 20 bilhões.

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Como a Venezuela quebrou? – Muito se questiona sobre a situação atual do país vizinho, com o tema voltando a gerar debates com a visita do presidente venezuelano Nicolás Maduro ao palácio do Planalto, sob convite do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Portanto, o Guia do Ex-Negativado te mostra os principais motivos que levaram à queda da Venezuela economicamente e a relação do país com o Brasil.

Leia também: Calotes de Cuba e Venezuela ao BNDES: Lula culpa Bolsonaro por isso; será que é verdade?

Polêmica visita de Nicolás Maduro ao Brasil, por convite de Lula

Após quatro anos com relações cortadas com a Venezuela, durante a gestão Jair Bolsonaro (PL), o Brasil voltou a se relacionar diplomaticamente com o país que fica ao norte da América do Sul.

Desde o dia 18 de janeiro deste ano, Lula, através de um representante oficial do governo do Brasil, voltou a dialogar com o governo venezuelano.

Apesar do restabelecimento das relações entre os governos, surgiram tensões que resultaram em constrangimento por parte do governo brasileiro em relação à presença do ditador Nicolás Maduro, ainda na posse de Lula.

Como resultado desse impasse, naquele momento, Maduro optou por cancelar sua viagem ao Brasil e enviou Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional venezuelana e irmão da vice-presidente Delcy Rodríguez, como seu representante.

No entanto, na manhã de ontem (29/05), Maduro foi recebido em Brasília, pelo presidente Lula, com honras de chefe de Estado.

O ditador venezuelano é acusado de diversos crimes. Mais abaixo você verá mais sobre isso.

Como a Venezuela quebrou?

A Venezuela enfrenta uma crise econômica desde a última década, que tem impactado profundamente a vida dos cidadãos e a estabilidade do país.

A crise é resultado de uma combinação de fatores que vão desde a queda nos preços do petróleo até a má administração econômica e o endividamento excessivo.

4 pontos importantes para entender a crise no país

Organizações internacionais como a Anistia Internacional, a Human Rights Watch e a ONU acusam o governo de Nicolás Maduro de ser uma ditadura na Venezuela.

De acordo com essas entidades, o governo utiliza violência, incluindo execuções, sequestros, estupros e prisão de opositores, para manter seu poder. 

O chavismo, grupo político liderado por Maduro e iniciado por Hugo Chávez, está no poder desde 1999 e é acusado de usar o aparato de inteligência civil e militar para monitorar a sociedade civil, incluindo sindicalistas e membros da imprensa.

Além disso, o governo dos Estados Unidos acusa Maduro de envolvimento com o tráfico de drogas e “narcoterrorismo”. Os principais índices de democratização classificam o atual regime venezuelano como uma ditadura.

Isso posto, veja quatro pontos que também ajudam a explicar a crise venezuelana:

Queda no preço de exportação do petróleo

A economia venezuelana, por muito tempo, dependeu fortemente da exportação de petróleo.

No entanto, a queda abrupta nos preços do petróleo a partir de 2014 teve um efeito devastador nas finanças do país. Naquele ano, o barril passou a ser negociado a 80 dólares – sendo que em 2008, o pico chegou a ser de 138 dólares.

Houve ainda uma redução na produção de barris de petróleo por dia. Custando menos, e produzindo metade do que conseguia em 1999 (de 3 milhões por dia para 1,5 milhão/dia), a situação se deteriorou.

A Venezuela, que conta com o petróleo como sua principal fonte de receita, viu suas receitas despencarem, desestabilizando sua economia e abrindo espaço para uma crise sem precedentes.

Esse é o ponto principal para entender como a Venezuela quebrou a partir da década passada e ainda não se recuperou.

Má administração

Além disso, a má administração econômica dos governos Hugo Chávez e Nicolás Maduro desempenhou um papel significativo na crise venezuelana.

Políticas como o controle de preços, intervenção estatal excessiva e corrupção minaram a eficiência e o funcionamento dos setores produtivos.

A falta de investimento em áreas-chave e a escassez de bens básicos, como alimentos e medicamentos, agravaram ainda mais a situação, afetando diretamente a população venezuelana.

Não à toa, em 2022 a inflação da Venezuela chegou a atingir a casa dos 332%, enquanto o Brasil registrou uma inflação (já significativa) de 5,79% no acumulado dos 12 meses.

Endividamento externo excessivo do país

A Venezuela acumulou uma dívida externa considerável ao longo dos anos, incluindo uma dívida significativa com o Brasil.

A combinação de altos níveis de endividamento e a queda nas receitas do petróleo dificultaram o pagamento dessas obrigações, agravando a crise econômica do país.

Instabilidade política

Em um governo instável, sob críticas de dentro e fora do país, com uma governança autoritária, também teve um impacto significativo.

A concentração de poder nas mãos do governo central e a falta de separação de poderes minaram a governança efetiva e a estabilidade institucional, prejudicando ainda mais a economia venezuelana.

Indubitavelmente, a instabilidade gerada por seus próprios governantes também teve fator fundamental para explicar como a Venezuela quebrou.

Dívida da Venezuela com o Brasil

Já um dos pontos principais da crítica de oposicionistas à visita de Maduro ao Brasil se dá justamente pela dívida com valores bilionários que a Venezuela possui com o país.

Segundo publica a CNN, o valor total do débito venezuelano com o Brasil supera 2,5 bilhões de dólares (R$ 12,5 bilhões no câmbio atual).

Não só isso, os venezuelanos também precisam ressarcir o BNDES em 722 milhões de dólares (R$ 3,6 bilhões), de parcelas não pagas de financiamentos para projetos de infraestrutura.

A Venezuela também deve mais 1 bilhão (R$ 5,05 bilhões) ao Brasil em exportações de produtos, alimentos e aeronaves.

Supostamente, uma parte da visita de Maduro a Lula teve, inclusive, o objetivo de propor um cronograma de pagamentos.

Continue lendo: Calote no BNDES de Cuba e Venezuela foi de quase R$ 3 bilhões; mas novos custeios virão

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Avatar de Victor Freitas

Jornalista com especialização em “técnicas de SEO”, pela Universidade Rock Content; também com cursos concluídos na área de economia e finanças na FGV, como os seguintes: “Como fazer Investimentos 1 e 2”, “Como gastar conscientemente” e “Como organizar o orçamento familiar”. Sou redator e editor em portais com temáticas de finanças, cidadania, economia, política, cultura e esportes. Contato profissional: [email protected]

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