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Já ouviu falar no golpe da encomenda? Essa é uma armadilha que imita comunicados de grandes transportadoras, como Loggi e Jadlog, para enganar consumidores.
A mensagem falsa informa que um pacote estaria retido por pendência fiscal e só seria liberado após o pagamento de uma taxa.
A proposta parece legítima à primeira vista, mas na verdade é uma estratégia de criminosos para roubar dinheiro e dados pessoais.
Como funciona o golpe da encomenda
O esquema chega pelo WhatsApp em forma de mensagem personalizada.
Os criminosos utilizam o nome, CPF e até o endereço da vítima, o que aumenta a sensação de que a comunicação é verdadeira.
O texto afirma que existe uma “pendência fiscal” que impede a entrega da encomenda e, para liberar o envio, direciona a pessoa para um link fraudulento.
Ao clicar, o usuário é levado a um site que imita a identidade visual de transportadoras conhecidas.
Lá, é informado que precisa pagar uma taxa de R$ 65,87, chamada de “Emex – Taxa de Emergência Excepcional”, para que a mercadoria seja liberada.
Para piorar, o falso portal exige dados pessoais, o que pode levar a novos prejuízos, como abertura de contas fraudulentas ou golpes de crédito.
A taxa existe, mas não do jeito que os golpistas dizem
De fato, a chamada taxa Emex existe no setor de logística. Porém, ela nunca é cobrada diretamente do consumidor após a compra.
Esse valor pode ser embutido no frete em casos específicos, geralmente em áreas de risco elevado, mas sempre calculado antes da finalização do pedido.
Isso significa que nenhuma transportadora legítima entra em contato depois da compra para pedir pagamento extra por WhatsApp ou links suspeitos. Ou seja: se a cobrança aparecer dessa forma, é golpe da encomenda.
O que dizem as empresas citadas
Tanto a Loggi quanto a Jadlog já se manifestaram oficialmente.
- A Loggi reforça que não envia mensagens por WhatsApp para solicitar pagamentos e nunca pede dados pessoais, fotos ou transferências por PIX para liberar entregas. Seus canais de contato estão restritos ao site oficial e ao aplicativo.
- A Jadlog segue a mesma linha, afirmando que não cobra taxas adicionais fora de seus canais oficiais e que não realiza vendas diretas por redes sociais ou mensagens privadas.
As duas empresas orientam que, ao receber uma comunicação suspeita, o consumidor deve ignorar, não clicar em links e consultar o rastreador oficial disponível em seus sites.
Como se proteger do golpe da encomenda
Para evitar cair em fraudes desse tipo, alguns cuidados simples fazem toda a diferença:
- Desconfie de mensagens no WhatsApp que envolvam cobranças inesperadas.
- Não clique em links desconhecidos ou enviados fora de canais oficiais.
- Verifique diretamente no site da transportadora se existe alguma pendência na entrega.
- Nunca forneça dados pessoais ou bancários em páginas suspeitas.
- Considere bloquear e denunciar números que enviem esse tipo de mensagem.
Por que esse golpe preocupa
O golpe da encomenda tem se tornado cada vez mais sofisticado porque mistura duas estratégias perigosas: o uso de dados reais das vítimas e a exploração da ansiedade natural de quem está esperando uma entrega.
Além da perda financeira imediata, a exposição de informações pessoais abre caminho para fraudes mais graves, como empréstimos indevidos e clonagem de identidade.
Nesse cenário, a atenção redobrada é a melhor defesa.
Ao identificar tentativas de golpe, o consumidor não só protege o próprio bolso, mas também ajuda a enfraquecer a atuação dessas quadrilhas.
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