O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sancionou uma lei que aumenta seu próprio salário em 298%, passando de R$ 10.500 para R$ 41.845,49 em três anos. O aumento de salário dele e de outros políticos foi alvo de críticas por parte da população e de representantes de partidos políticos de oposição. Saiba mais detalhes sobre o assunto que tem gerado polêmica, aqui no Guia do Ex-negativado.
Governador aumenta seu salário, de vice-governador e secretários
A Lei 24.314, publicada no Diário Oficial do Estado em 3 de maio, também amplia a remuneração do vice-governador, Mateus Simões (Novo), e dos secretários e secretários adjuntos.
O projeto de lei que previu o aumento foi apresentado pela Mesa da Assembleia a pedido de Zema e aprovado em 2º turno no dia 19 de abril.
Os salários estavam congelados desde 2007 e, segundo o governador, é necessário reajuste para que consiga manter perfis mais qualificados em funções técnicas.
Remuneração escalonada
O aumento da remuneração será escalonado em três anos.
O salário do governador vai de R$ 10.500 para R$ 41.845,49 a partir de 1º de fevereiro de 2025.
O salário do vice-governador passa de R$ 10.250 para R$ 37.660,94 a partir de 1º de fevereiro de 2025.
Já o subsídio dos secretários de estado seria ampliado em 247%, indo para R$ 34.774,64 a partir de 1º de fevereiro de 2025. O projeto também estabelece aumento de 247% para os secretários adjuntos.
Governador havia prometido não receber salário
O governador havia prometido não receber salário até colocar o pagamento dos servidores em dia na campanha eleitoral de 2018.
No entanto, a legislação estadual não permite ao governador abrir mão dos vencimentos.
Durante o primeiro mandato, portanto, Zema doou os salários para instituições sem fins lucrativos, prática que seria mantida no segundo mandato.
No entanto, o Executivo afirmou que não haveria compromisso neste segundo mandato em doar seu salário como governador. Ao longo dos últimos quatro anos, Zema doou mais de R$ 400 mil a instituições de caridade.
Críticas da oposição
Os críticos da oposição apontam que o aumento é desproporcional e que, em vez de investir em salários elevados para governantes, o dinheiro público deveria ser direcionado para investimentos em áreas prioritárias, como saúde, educação e infraestrutura.
Além disso, muitos argumentam que o aumento de salário é ainda mais injustificável diante da grave crise econômica vivenciada no país.