Presidente da Suzano destaca ser contra discutir Eletrobrás e autonomia do Banco Central

Walter Schalka, presidente da Suzano, em entrevista ao Estadão, diz acreditar que o Brasil tem potencial de inserção na economia global muito significativa e destaca a importância de investimentos em educação para alcançar esse objetivo. Ele aponta que a educação no país está muito aquém do potencial. Desse modo, seria preciso passar por reformas administrativas, políticas e tributárias para melhorar a ineficiência no país.

Além disso, também defende que discutir questões como Eletrobras, independência do Banco Central, reforma trabalhista, previdenciária e saneamento é um retrocesso para o país.

Investir em educação é investir no potencial dos brasileiros

Segundo Schalka, investir em educação é investir no potencial dos brasileiros.

Ele afirma que nenhum país passou por uma grande transformação sem passar pela educação, que a responsabilidade é de levar todos ao máximo potencial.

O presidente da Suzano destaca que as reformas administrativas, políticas e tributárias são necessárias para o Brasil ter um crescimento mais pujante, moderno e competitivo globalmente.

O que o Brasil pode alcançar?

Schalka acredita que o Brasil tem potencial de ser referência global na questão ambiental e que pode exportar energia com hidrogênio verde.

Ele destaca que o país tem uma matriz energética extremamente renovável e que pode ser 100% renovável em pouco espaço de tempo.

Segundo ele, tais discussões propostas pelo atual presidente Lula podem afastar o investidor institucional global e, apesar de haver entradas de dinheiro oportunista de curto prazo no país, não há investimentos de longo prazo que possam impulsionar a economia nacional.

O presidente da Suzano ainda vê a autonomia do BC como uma grande conquista para o mercado financeiro brasileiro e que, em que pese as alegações de que as taxas de juros são prejudiciais, deve ser de responsabilidade do Banco Central a decisão de quando elas devem baixar.

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