O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a decisão que beneficiava credores da Americanas ao estender o prazo para execuções de dívidas da varejista.
A decisão havia sido obtida pelo Banco Safra, um dos maiores credores da empresa, que buscava recuperar R$ 95 milhões emprestados a Americanas.
No entanto, o desembargador José Carlos Maldonado de Carvalho decidiu suspender a decisão em uma nova liminar, proibindo o levantamento de valores que tenham sido liberados pela decisão anterior.
O desembargador justificou a medida, alegando risco de dano irreversível para a empresa e seus envolvidos.
A Americanas havia obtido proteção contra credores a partir do dia 13 de janeiro, logo após o anúncio da descoberta de inconsistências contábeis em seu balanço financeiro.
Justificativa para decisão
Segundo o desembargador, essa medida visava à sobrevivência da empresa e o êxito de sua recuperação. Desde então, a Americanas tem enfrentado batalhas judiciais com diversos bancos.
O Banco Safra, por exemplo, já havia ido à Justiça tentar impedir o pagamento imediato a credores trabalhistas e pequenos fornecedores, uma das medidas anunciadas após proposta de capitalização da companhia.
Apesar das adversidades, a Americanas vem buscando formas de contornar a crise. Em março, o BTG Pactual, um dos credores mais firmes da empresa, pediu a suspensão na tramitação de sete recursos na Justiça do Rio de Janeiro contra a varejista.
Já em abril, os acionistas da empresa de private equity 3G, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, acenaram com um aporte de R$ 12 bilhões na empresa, em uma tentativa de amenizar a crise.
Enquanto a Americanas luta para se recuperar financeiramente, os bancos credores continuam buscando maneiras de recuperar seus empréstimos.
O Banco Safra, por exemplo, não comentou sobre a nova decisão judicial relacionado credores da Americanas, mas é possível que a instituição financeira continue buscando maneiras de recuperar os valores emprestados à varejista.
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