O Brasil vive o seu pior cenário no que diz respeito a consumidores brasileiros com débitos na praça. Então, qual é o plano dos candidatos à presidência para auxiliar a limpar nome dos cidadãos endividados? Confira abaixo.
Dados de um levantamento recente feito pela Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo, a CNC, afirmam que o nível de endividamento dos brasileiros atingiu o patamar recorde de 79% dos lares. É o maior patamar desde que a pesquisa começou a ser feita, em 2010.
Por sua vez, levantamento feito pela Serasa Experian, especializada na proteção de crédito, bem como limpeza de nomes dos cidadãos endividados, afirmam que existem 66,6 milhões de consumidores negativados. É mais um recorde, sendo o maior número visto desde 2016.
Em um cenário de inflação atingindo patamares elevados desde 2020, com preços altos para mercadorias básicas, o vencedor da eleição para presidente da República terá de lidar com graves problemas nos próximos quatro anos.
Como os candidatos prometem ajudar a limpar nome dos cidadãos com dívidas?
O jornal Folha de S. Paulo fez uma compilação com as promessas feitas pelos quatro principais candidatos à presidência neste ano – Ciro Gomes, Jair Bolsonaro, Lula e Simone Tebet – que juntos somam mais de 90% das intenções de votos nas principais pesquisas.
Ciro Gomes (PDT)
A campanha feita por Ciro Gomes em 2022 tem uma forte semelhança com as ideias já propostas pelo candidato na corrida presidencial de 2018.
Ele aposta no “SPCiro”, que consiste em um refinanciamento governamental dos débitos da população com a promessa de juros menores e prazos mais longos para quitar dívidas e limpar nome.
Inclusive, Ciro criticou Lula por supostamente estar ‘copiando’ seu projeto que marcou a campanha de 2018.
Jair Bolsonaro (PL)
O atual presidente da República, e candidato à reeleição, trabalha com o Auxílio Brasil como principal frente de atuação no combate ao endividamento da população de classes financeiras mais baixas.
Jair Bolsonaro também vê o empréstimo consignado do Auxílio Brasil como uma forma de ajudar na contenção de dívidas da população.
Outra aposta do atual governo para um possível segundo mandato seria no aumento de emprego e aquecimento do consumo.
Com esses pontos como destaques, Bolsonaro não possui oficialmente um plano, em seu programa de governo protocolado no TSE, direcionado ao enfrentamento da inadimplência e dívidas dos brasileiros.
Lula (PT)
Já o candidato petista, que foi presidente da República entre 2003 a 2010, também possui em seu plano de governo, que está protocolado no TSE, medidas que buscam conter o endividamento da população.
Segundo o plano de Lula, a ideia é renegociar as dívidas de famílias e empresas por meio dos bancos públicos e de incentivos para que as instituições financeiras privadas também ofereçam condições adequadas para quem busca uma renegociação.
O programa econômico do PT tem duas frentes de atuação: uma voltada para dívidas bancárias e outras para dívidas que incluem redes de varejo e serviços mensais básicos.
Simone Tebet (MDB)
A candidata Simone Tebet também não faz menção diretamente a uma política voltada para contenção de dívidas e auxílio para limpar nome em seu plano de governo protocolado no TSE.
Ela afirma que a incerteza política e intervenções recentes do governo prejudicaram o governo e que, para isso, o Brasil precisa de uma liderança responsável e séria.
