O Consignado do Auxílio Brasil vem chamando a atenção de todas as maneiras. Assim como há beneficiários empolgados com a possibilidade, também há quem enxergue o empréstimo de outra forma. É o caso da comentarista da Rede Globo e do jornal O Globo, Míriam Leitão.
Em sua coluna publicada nesta última quinta-feira, a jornalista explica os motivos que fazem com que essa modalidade de empréstimo seja uma “exploração dos pobres”.
Ela cita como motivo o fato de que as taxas de juros a serem oferecidas pelos bancos serão altas mais do que a média do consignado comum vendido a aposentados e pensionistas do INSS.
Míriam Leitão critica consignado do Auxílio Brasil
A comentarista afirma que instituições financeiras e correspondente bancários já começaram a “assediar” a população com juros de 5% ao mês a 79% ao ano, que são bastante superiores às taxas médias cobradas no consignado.
“Quem pegar um empréstimo de R$ 1.600 pode pagar ao longo de R$ 24 meses um total de R$ 3.840. É um abuso, uma exploração da miséria. Isso significa que o dinheiro dos nossos impostos que sustenta os benefícios sociais vai mesmo para o bolso dessas instituições oportunistas”, escreveu no jornal O Globo.
Já em um comentário no jornal Bom dia Brasil, Míriam fez a mesma afirmação e ainda disse que a modalidade de empréstimo só foi autorizada por razões eleitoreiras por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Essa medida provisória acaba fazendo com que parte do dinheiro público que vai para os mais pobres, na verdade, seja capturado por uma elite financeira”.
“Isso é exploração e é exploração do mais pobre”. “O governo fez esse aumento do benefício apenas por razões eleitoreiras”, disse a comentarista.
O consignado do Auxílio Brasil vai permitir que o beneficiário comprometa até R$ 160 do seu benefício mensal como parcela do empréstimo.
