Os Intocáveis: serviços bancários não poderão mais ser negados a políticos e seus familiares

A Câmara dos Deputados aprovou na noite da última quarta-feira (14) um projeto de lei de autoria da deputada Dani Cunha (União Brasil), que, segundo os parlamentares, tem como objetivo combater a discriminação e garantir o acesso a serviços financeiros para pessoas politicamente expostas.

Desse modo, políticos e seus familiares terão acesso garantido a serviços bancários, abrangendo desde a ocupação de cargos eletivos, como a Presidência da República e vereadores, até cargos comissionados, como assessores e diretores.

Além disso, reitores, comandantes da Polícia Militar e presidentes de estatais também serão incluídos nessa lista de beneficiados.

O texto, que criminaliza a recusa de abertura de contas bancárias e concessão de crédito a esse grupo, será encaminhado ao Senado.

Entenda um pouco mais o projeto

De acordo com a proposta aprovada, a negativa de serviços bancários a essas pessoas politicamente expostas acarretará em penas que variam de 2 a 4 anos de reclusão, além de multa.

A legislação abrange não apenas indivíduos, mas também pessoas jurídicas controladas por pessoas politicamente expostas.

Vale também ressaltar que o projeto não se restringe apenas a políticos eleitos e ocupantes de cargos altos nos três poderes e nas três esferas de governo.

Ele também inclui pessoas que estão sob investigação, termo circunstanciado, inquérito ou processo judicial em curso.

O deputado Claudio Cajado, relator do projeto, enfatizou que a proposta garante que as pessoas politicamente expostas tenham acesso às justificativas para a recusa de seus direitos. Assim, segundo ele, haveria transparência e equidade ao processo.

Por sua vez, a deputada Dani Cunha ressaltou que o objetivo do projeto é eliminar uma suposta “discriminação”, exigindo que sejam apresentadas justificativas adequadas para a recusa de serviços financeiros a pessoas politicamente expostas.

O projeto também abrange empresas, familiares e colaboradores próximos das pessoas politicamente expostas, sendo que a identificação será realizada por meio do Cadastro Nacional de Pessoas Expostas Politicamente.

Críticas ao projeto 

Críticos do projeto argumentam que ele cria privilégios e dificulta o controle sobre as pessoas politicamente expostas.

Alguns deputados alertam para a possibilidade de aumento das taxas de juros como consequência dessa medida.

Agora, o projeto de lei segue para análise do Senado, onde será debatido e votado antes de sua eventual aprovação e entrada em vigor como lei.

Nas redes sociais, muitas críticas também surgiram. Jornalistas e pessoas comuns se manifestaram com veemência sobre o fato. Veja alguns exemplos:

 

Quem quiser ver a lista completa dos “privilegiados”, é só clicar aqui.

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