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A queda de três bancos regionais nos Estados Unidos pode ter sido acelerada por Wall Street, de acordo com a Associação de Banqueiros Americanos (ABA, na sigla em inglês). A prática conhecida como short selling, que envolve apostar na queda de preços de ativos, teria agravado a volatilidade do mercado e amplificado as tensões bancárias.
Apenas na última semana, operadores que praticavam essa estratégia ganharam cerca de US$ 1,84 bilhão contra os bancos regionais, o que pode gerar um efeito dominó no mercado, segundo Igor Cavaca, chefe de gestão de investimentos da Warren.
Investigações são exigidas
A queda dos bancos regionais nos últimos meses levou a Associação de Banqueiros Americanos (ABA) a solicitar à Securities and Exchange Commission (SEC) que investigue possíveis casos de manipulação e avalie maneiras de coibi-los.
A empresa de advocacia especialista em direito societário, Wachtell, Lipton, Rosen & Katz, vai além e defende até que se proíba temporariamente a prática.
No entanto, a SEC afirmou que, atualmente, não está considerando adotar restrições e está concentrada em investigar eventuais abusos.
Especula-se que os reguladores possam tomar medidas semelhantes às implementadas durante a crise financeira de 2008 e banir o short selling, uma prática que tem sido responsável pela intensa volatilidade dos papéis dos bancos regionais, especialmente PacWest e Western Alliance, nos últimos dias.
Short Selling não é crime
Apesar de alguns especialistas alegarem que tal conduta não fere as leis vigentes, sua utilização pode impactar negativamente a estabilidade do setor financeiro.
Isso se deve ao fato de que, para o investidor comum, a queda de um banco pode desencadear um efeito cascata, levando-o a se desfazer de outros ativos que não possuem qualquer relação com o ocorrido.
No entanto, as preocupações do mercado financeiro se voltam para a volatilidade observada nos papéis de bancos regionais dos Estados Unidos, que levantaram questionamentos sobre práticas especulativas.
As autoridades regulatórias asseguram que estão empenhadas em investigar e monitorar o mercado, a fim de evitar possíveis abusos que possam comprometer a integridade do setor financeiro.