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Preço do barril do petróleo – Analistas de mercado avaliam que a volta do crescimento das economias da China e da Índia, somada aos cortes de produção pela Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), pode levar o preço do petróleo a alcançar US$ 100 o barril no segundo semestre.
Isso coloca pressão sobre os preços da Petrobras e será um teste para a gestão da estatal. Desde o início do ano, a Petrobrás tem se beneficiado do preço do petróleo em torno de US$ 80 o barril e de um dólar mais fraco, o que ajuda a evitar reajustes.
Mas esse cenário deve mudar com a chegada do verão no Hemisfério Norte e a volta da demanda na Ásia, depois que China e Índia divulgaram crescimento maior do que o esperado.
Crescimento da China e Índia
A previsão do Fundo Monetário Internacional é que o Produto Interno Bruto (PIB) da Índia dê um salto de quase 7% este ano. Esta semana, a China anunciou alta de 4,5% no PIB do primeiro trimestre de 2023 ante igual período do ano passado.
O número ficou acima do esperado pelo mercado, o que fez consultorias elevarem a projeção de crescimento para 6%.
Desempenho dos Estados Unidos
Ainda existem dúvidas sobre o real desempenho da economia norte-americana. Os Estados Unidos são uma incógnita, já que a queda da demanda de diesel já era esperada, mas a gasolina vem surpreendendo e está operando acima da média dos últimos cinco anos.
Há também as férias de verão, quando há maior consumo de gasolina.
Capacidade dos produtores de petróleo
Existe uma preocupação acerca da capacidade dos produtores de petróleo em responder a um eventual crescimento acelerado da demanda, já que há alguns anos as petroleiras vêm investindo menos na produção da commodity, com os recursos agora divididos com energias renováveis.
Previsões de preço
O Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie) projeta o preço médio do barril do tipo Brent em 2023 a US$ 87,61. Esse valor é 9,9% inferior ao preço médio de 2022 (US$ 97,20), mas superior à cotação atual.
No segundo semestre, a previsão é de que o barril possa chegar aos US$ 100. Para o Cbie, o último corte na meta de produção da Opep+ não afeta essa projeção, mais influenciada pelo movimento de demanda da economia chinesa.