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As buscas na internet continuam intensas sobre a aluna que “roubou” dinheiro da formatura, a Alicia Dudy Muller Veiga, de 25 anos. Ela segue sendo investigada por supostos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro, após ela tentar apostar, sem pagar, um total de R$ 891 mil em bilhetes da Lotofácil e apropriação indébita de quase um milhão de reais do fundo de formandos da 106ª turma da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
A aluna suspeita de desviar R$ 920 mil do fundo da formatura de sua turma é alvo de um inquérito policial e a Polícia Civil pegou dados até das contas do Ifood, Nubank e Mercado Livre para investigar possíveis crimes de estelionato e lavagem de dinheiro que ela teria cometido no ano passado.
Vale ressaltar, porém, que os supostos crimes praticados por ela nada tem a ver com a tipificação de roubo, pois conforme o artigo 157 do Código Penal, para que algo seja considerado roubo, é necessário que haja a retirada de coisa alheia mediante ameaça ou violência física a pessoa. E esse não é o caso.
Aluna que “roubou: dinheiro da formatura já vinha sendo investigada desde junho de 2022
No que tange à lavagem de dinheiro, as investigações ocorrem de forma paralela, sendo apurada desde junho do ano passado, quando o dono de uma casa lotérica de 59 anos procurou uma delegacia em São Bernardo do Campo para registrar uma tentativa de golpe.
Além disso, a investigação sobre suposto desvio do dinheiro da comissão de formatura também segue em andamento no 16º Distrito Policial.
De acordo com a Polícia Civil, no caso da USP, Alicia está sendo indiciada por apropriação indébita, um crime previsto com pena máxima de até 4 anos de reclusão, e irá responder ao processo em liberdade.
Quebra de sigilo das contas da aluna
A delegada responsável pelo inquérito pediu a quebra de sigilo das contas da estudante nas empresas Ifood, Nubank e Mercado Livre, fornecendo dados cadastrais como extrema importância para a continuidade das investigações.
Saiba mais sobre quem é a aluna que “roubou” dinheiro da formatura e seus gastos
A estudante da USP é natural de Itararé, no interior de São Paulo e reside atualmente na Zona Sul de São Paulo. Está no sexto ano do curso de medicina.
Concluiu o ensino médio na Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas, na região do Ipiranga (SP) e em entrevista para a Rádio USP em fevereiro de 2018 afirmou ter passado no curso de Farmácia, mas desistiu e decidiu fazer cursinho por mais um ano para tentar entrar em medicina.
De acordo com o portal UOL, a estudante usou parte do dinheiro desviado da formatura, para alugar um carro de luxo, um Volkswagen Nivus avaliado em R$ 120 mil, por 10 meses, totalizando R$ 20 mil (gastou R$ 2 mil por mês com o aluguel do veículo).
Alicia também alugou um flat na Vila Mariana (bairro nobre de São Paulo), com mensalidade de R$ 3.700, incluindo condomínio, que foi apreendido pela Polícia Civil na manhã da última terça-feira (24). Além disso, a estudante também teria comprado um celular e um iPad Pro, avaliado em R$ 6 mil, com o dinheiro desviado.
Os custos mensais de Alicia não são compatíveis com a renda obtida pela estudante, segundo a investigação. Ela recebia valores de fontes diferentes, como R$ 1 mil para auxílio pesquisa e R$ 1,8 mil para o curso de doutorado, além de outras fontes de renda “de pequenos trabalhos”. O valor total utilizado pela aluna ainda é desconhecido.
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