A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) projeta um aumento médio de 6,9% na tarifa de energia elétrica no Brasil para o ano de 2023. Essa estimativa foi apresentada pelo diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, durante uma audiência pública no Senado, onde foram discutidas as perspectivas do setor energético.
Reajustes com variações no país
É importante ressaltar que as regiões do país terão variações diferentes nos reajustes.
No Norte, espera-se um aumento médio de 17,6% na tarifa de energia, enquanto no Nordeste a projeção é de um aumento médio de 7,9%.
Já no Centro-Oeste, Sudeste e Sul, os aumentos devem ficar em torno de 6,5%, 5,7% e 4,5%, respectivamente.
Vale destacar que as tarifas de energia elétrica são compostas por diversos elementos, como custos de distribuição, transmissão, geração e encargos setoriais.
Essa composição complexa pode gerar incertezas e dinâmicas variáveis que podem influenciar nas estimativas de reajuste.
A Aneel ressalta que os encargos setoriais e subsídios, que também fazem parte das tarifas, são determinados por políticas públicas.
Portanto, eventuais alterações nesses aspectos podem impactar no valor final da conta de energia para os consumidores.
Não haverá bandeiras tarifárias em 2023
Segundo Feitosa, não haverá a aplicação de bandeiras tarifárias e, consequentemente, cobranças extras nas contas de luz ao longo deste ano.
Essa medida reflete condições favoráveis na geração de energia elétrica no país, as quais permitem a manutenção da bandeira verde.
Isso significa que não haverá a necessidade de repassar custos adicionais aos consumidores.
A expectativa é de que essa situação se estenda também para o próximo ano, com perspectivas positivas para 2024.
Durante sua apresentação, Feitosa compartilhou dados sobre os investimentos realizados no setor elétrico, destacando a expansão da geração e transmissão de energia.
Além disso, mencionou programas sociais em andamento e os desafios futuros que o setor enfrenta.
Um desses desafios é a universalização do acesso à energia em áreas rurais, como nos estados do Pará, Amazonas e Rondônia.
Feitosa ressaltou a possibilidade de aumento da parcela da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) destinada a esse fim, visando garantir que as regiões mais distantes também se beneficiem do acesso à eletricidade.