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De acordo com dados divulgados pela Receita Federal na última terça-feira, dia 25, a arrecadações de impostos e contribuições federais somou R$ 171,056 bilhões em março deste ano. Ainda que tenha existido um aumento de 6,83% em relação a fevereiro, o resultado representou uma queda real de 0,42% na comparação com março do ano anterior, descontada a inflação.
Desempenho das empresas motiva queda nos recolhimentos
Em março, houve uma queda real de 5,87% nos recolhimentos de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), motivada principalmente pelo desempenho das empresas que recolhem por estimativa mensal.
Por outro lado, a arrecadação da contribuição previdenciária apresentou um crescimento real de 6,03%, graças ao aumento da massa salarial.
No acumulado do ano até março, a arrecadação federal somou R$ 581,795 bilhões, o maior volume para o período desde o início da série histórica, em 1995. O valor ainda representa um avanço real de 0,72% em relação ao mesmo período de 2022.
Abaixo das estimativas
Os valores ficaram abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro, que previam arrecadação de R$ 172,368 bilhões. O intervalo das estimativas variava de R$ 151,07 bilhões a R$ 183,5 bilhões.
As Desonerações
As desonerações totais concedidas pelo governo, no entanto, resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 37,293 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um valor significativamente maior do que os R$ 19,283 bilhões em igual período de 2022.
Somente no mês de março, as desonerações totalizaram R$ 12,389 bilhões, quase o dobro do registrado no mesmo mês do ano passado, que foi de R$ 6,434 bilhões.
Desonerações são benefícios fiscais concedidos pelo governo para incentivar determinados setores da economia.
Embora possam impulsionar o crescimento em determinados segmentos, elas podem ter um impacto negativo na arrecadação do governo, já que representam uma perda na receita tributária.
É importante ressaltar que a arrecadação de impostos e contribuições é uma fonte importante de recursos para o governo e é utilizada para financiar diversos programas e serviços públicos, como saúde, educação, infraestrutura, segurança, entre outros.
Portanto, a queda na arrecadação pode ter implicações significativas nas contas públicas.