As reservas provadas de petróleo e gás no Brasil registraram um crescimento de 12% em 2022. Alcançando, portanto, um total de 14,9 bilhões de barris, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Esse aumento representa o patamar mais alto desde 2014 e é impulsionado, principalmente, pela exploração do pré-sal, que concentra 96% das reservas nas bacias de Campos, Santos e Espírito Santo.
Reservas de petróleo e gás no Brasil ganham novo debate
Nos últimos dez anos, observou-se uma queda significativa nas reservas marítimas fora da região do pré-sal, com uma redução de 64%.
Em terra, a diminuição foi de 48%, totalizando 460 milhões de barris.
Durante esse período, houve um foco intenso dos investimentos da Petrobras e outras grandes empresas de petróleo na exploração da Bacia de Santos, com o offshore de Sergipe sendo uma exceção nesse contexto.
Contudo, um novo debate ganha destaque no cenário político brasileiro, envolvendo a exploração da Foz do Amazonas.
Ministério das Minas Energia x Parlamentares
Enquanto o Ministério de Minas e Energia (MME) defende a campanha da Petrobras nessa região, alguns parlamentares questionam a viabilidade dessa expansão.
Os críticos alegam que as reservas do pré-sal estão se esgotando do ponto de vista exploratório.
O senador Lucas Barreto, do PSD (Amapá), planeja promover um debate no Congresso Nacional com a participação do Ibama, da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, da Petrobras e do MME.
A questão ambiental também está em pauta, considerando os possíveis impactos que a exploração da Foz do Amazonas pode acarretar.
Além disso, é importante ressaltar que a concentração das reservas no pré-sal apresenta um desafio para o país.
De acordo com estimativas da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a produção de petróleo nessa região alcançará o pico entre 2029 e 2030, atingindo 4,3 milhões de barris por dia, para depois entrar em declínio.
Desenvolvimento sustentável é solução
Diante desse panorama, urge a necessidade de que o Brasil atente-se mais para as alternativas de desenvolvimento econômico sustentável, como já há muito tem sido apontado por especialistas.
Não colocar as fontes de energia limpa como prioridade, é ir na contramão de um futuro próspero. E isso, em todos os sentidos.
Nesse sentido, é vital encontrar um equilíbrio entre a exploração dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente, promovendo uma transição energética que beneficie tanto o país quanto o planeta.
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