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Um dos pontos levantados pela campanha de reeleição da atual presidência da República é que Jair Bolsonaro (PL) criou o Pix, serviço lançado para a população em novembro de 2020.
No segundo ano do mandato do presidente Bolsonaro, o Pix foi oficialmente confirmado pelo Banco Central como a grande inovação do sistema bancário nacional e que prometia se tornar uma das ferramentas mais utilizadas pelos consumidores.
Quase dois anos desde o lançamento do método de transações instantâneas, já pode ser considerado como um grande sucesso, tendo em vista que rapidamente ultrapassou as tradicionais formas de transferir dinheiro, que eram Pix e DOC até então.
Mas foi mesmo Jair Bolsonaro quem criou o Pix?
O presidente atual do Banco Central, Roberto Campos Neto, está no cargo por indicação do próprio Bolsonaro, que o definiu como principal dirigente do órgão no início da sua gestão.
Já em entrevista nesta última quinta-feira, 29 de setembro, Campos Neto descartou que tenha sido Bolsonaro o criador do Pix ao afirmar que o projeto já existia antes mesmo de ele ter sido indicado para a presidência do Bacen.
“Quando eu cheguei no Banco Central, um dos temas era a agenda de inovação. Tinha um grupo de trabalho sobre pagamento instantâneo antes da minha chegada, que tinha concluído que tinha benefício ter um programa de pagamentos instantâneo bem feito. Que isso geraria melhoria na intermediação financeira”.
Roberto Campos Neto foi indicado para a presidência do Banco Central do Brasil em novembro de 2018, logo após o anúncio da vitória de Jair Bolsonaro na disputa eleitoral daquele mesmo ano.
Ele ainda reafirmou que o Pix foi conquistado pelos funcionários do órgão.
“O Pix se mostrou um sucesso, é uma conquista dos funcionários do BC. É só o começo. Tem muito mais coisa para aparecer, vai continuar existindo quando eu não estiver aqui. Não foi um projeto meu, é um projeto do Banco Central”.
Funcionários do Banco Central comentam uso político do Pix campanha de Bolsonaro
Por diversas ocasiões, o Sindicato Nacional dos funcionários do Banco Central (Sinal) vem rebatendo a utilização do Pix como ferramenta da campanha eleitoral do atual presidente da República, que tenta sua reeleição.
Assim como também descarta que tenha havido influência de outros governos.
“O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central vem a público repudiar mais uma vez o uso eleitoral do PIX por certos grupos políticos. Tal sistema de pagamento instantâneo foi criado e implementado pelos Analistas e Técnicos do Banco Central do Brasil – ou seja, por servidores concursados de Estado, não pelo atual governante ou por qualquer outro governo”.
O Sindicado ainda afirmou que o projeto do Pix é “bem anterior” à eleição do presidente Bolsonaro, tendo em vista que uma portaria instituiu o grupo de trabalho que estava à frente da criação do Pix, em maio de 2018.