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A situação econômica no país tem feito com que preços de todos os setores disparem e não seria diferente no mercado de passagens aéreas, com a expectativa de que o aumento nas tarifas continue acontecendo.
O principal motivo para a disparada de preços das passagens no Brasil se dá pela subida do valor do combustível. É o que as próprias empresas aéreas do país estão sinalizando para o mercado.
Um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) informa que o preço do querosene de aviação, combustível utilizado nos aviões, contabiliza uma enorme alta de 71% somente nos sete primeiros meses de 2022.
Há de ressaltar também que no ano de 2021 foi acumulado um aumento de 92% no valor desse combustível.
Ou seja, somando os anos de 2021 e 2022, o valor do querosene de aviação sofreu uma disparada de 163%. O impacto é visto direto no bolso dos passageiros com passagens cada vez mais caras.
CEO da Azul afirma que passagens aéreas podem virar ‘luxo’
Em publicação feita pelo portal UOL Economia, o CEO da companhia aérea Azul, John Rodgerson, afirma que o valor das passagens pode se tornar proibitivo para uma grande parcela dos brasileiros caso o preço do combustível continue aumentando no Brasil.
“Se o combustível está subindo e o dólar valorizando, a passagem vai ter de subir para a receita cobrir os custos. Mas não acredito que essa situação vai continuar assim, não vejo a guerra (na Ucrânia) durando para sempre”.
Presidente da Gol também sinaliza para aumento das passagens
Já Celso Ferrer, presidente e piloto da companhia aérea Gol. também admite que a empresa está sendo pressionada pela alta do valor do combustível para aviação.
Segundo ele, em publicação feita pelo UOL Economia, os custos operacionais subiram cerca de 20% em decorrência do combustível, que já é responsável por metade dos gastos da empresa.
“O combustível representava 30% do custo antes (da alta do petróleo decorrente da guerra na Ucrânia). Hoje, está perto de 50%. Não tem como desassociar uma coisa da outra”.
No que se diz respeito à Gol, a empresa viu suas ações caírem 62% na Bolsa de Valores no acumulado do ano de 2022 e chegaram a um patamar inferior ao de antes da pandemia de Covid-19.