Redução de emissão de carbono: cidades precisam mudar sistema de transporte, mostra estudo

Nos últimos anos, mais do que nunca, a necessidade de adotar políticas de redução de emissão de carbono entrou de vez na pauta mundial. Afinal, existe uma mudança climática que demanda, especialmente de todas as grandes cidades, a urgência de repensar a sua matriz energética. Aqui no Brasil, as maiores capitais, Rio e São Paulo, terão muito desafios nesse área.

A necessidade de repensar o sistema de transporte para redução de carbono

Uma recente pesquisa do Instituto de Pesquisa Tecnológicas (IPT) em pareceria com a Exhange 4 Change e encomendada pela Enel deu uma dimensão do desafio ecológico no Brasil.

Em pauta, as metas de zerar a emissão de gás carbono até o ano de 2050 (metas estabelecidas por diversos países a partir de estudos sobre a possível reversibilidade dos efeitos da poluição).

Em sendo assim, como São Paulo e Rio de Janeiro poderiam se preparar para alcançar a meta?

De acordo com a pesquisa, seria necessário repensar todo o sistema de transportes das duas capitais, que ainda é muito dependente do sistema rodoviário.

Inclusive, os dados do estudo mostram que o setor de transportes respondeu por 62% das emissões de gás carbono em São Paulo. Já no Rio de Janeiro, esse número foi menor, mas ainda assim considerável, 35%.

Impacto de não mudar o sistema

A pesquisa concluiu que se não houver uma mudança no sistema de transporte e, também, no ritmo de consumo, os resultados podem ser drásticos.

O cenário no Rio de Janeiro, por exemplo, seria de 59% de aumento das emissões até o ano de 2050; isso, claro, se não houver intervenção na matriz energética com o intuito de reverter a situação.

Já na capital São Paulo, os efeitos podem ser ainda mais graves, com até 100% de aumento caso não haja nenhuma intervenção sistemática.

Isso mostra que é urgente pensar em alternativas sustentáveis que dê conta da demanda dessas grandes cidades para as próximas décadas.

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