Cesta básica custa quase 70% do salário mínimo no Brasil

O valor da cesta básica no Brasil segue uma tendência de alta dos últimos anos e há capitais que já tiveram aumento de 24% somente nos seis primeiros meses de 2022. Com a inflação no país sem perspectiva de queda nos próximos meses, é fundamental saber fazer suas contas antes de ir às compras.

Cesta básica é o nome dado ao conjunto de alimentos fundamentais e mais comuns que são adquiridos pelos brasileiros no mercado todos os meses, sendo tratada como uma ferramenta importante para análise dos preços no país.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) é o responsável por fazer todos os meses a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA), que coleta preços nas principais capitais do país para o cálculo do Índice de Custo de Vida ao longo dos anos, permitindo comparação de custos dos principais alimentos básicos para o dia-a-dia dos brasileiros.

Cesta básica custa quase 70% do salário mínimo do brasileiro em 2022

A pesquisa mais recente feita pelo DIEESE calculou os preços da alimentação básica nas capitais brasileiras no mês de junho, mostrando que houve aumento significativo em algumas cidades, principalmente no Nordeste.

Por exemplo, Fortaleza sofreu aumento de 4,54% e, em Natal, de 1,33%. No Sudeste, houve aumento de 1,33% no Rio de Janeiro e uma queda imperceptível de 0,12% em São Paulo, por exemplo. Portanto, a alta de preços continua em evidência.

Limpar Nome Agora - Saiba Mais

São Paulo é a cidade com o maior custo de vida no que diz respeito à cesta básica, custando R$ 777,01.

Esse valor significa 69,31% do salário mínimo líquido dos brasileiros.

Na capital paulista, são necessárias 141 horas de trabalho durante o mês para poder atingir o valor necessário para adquirir os produtos considerados como básicos para um período mensal.

Nas cidades de Florianópolis, Porto Alegre e Rio de Janeiro, o valor da cesta básica significa 65% a 67% do valor do salário mínimo dos trabalhadores brasileiros.