Em fevereiro, houve um registro atípico de encefalopatia espongiforme bovina, EEB, em carnes bovinas brasileiras. Isso gerou prejuízo sobre as exportações, sobretudo para China, que estabeleceu um embargo contra a carne brasileira. Entretanto, agora o embargo já acabou e a China liberou importações da carne bovina brasileira, de antes da confirmação dos casos.
Fim da suspensão
Durante um mês, a Administração-Geral de Alfândegas da China (GACC) manteve a suspensão do recebimento de carnes bovinas brasileiras.
Isso causou grande impacto sobre o Brasil, especialmente porque a China é um dos grandes parceiros comerciais e importa grande volume da carne brasileira.
Segundo dados do Ministério da Agricultura do Brasil, isso impediu que cera de 180 mil toneladas de carne bovina brasileira não embarcasse para a exportação.
Isso perdurou até o dia 23 de março, quando a GACC anunciou a suspensão desse embargo, de modo que o Brasil pôde voltar a enviar a carne para o país asiático.
Ademais, o Ministério da Agricultura também anunciou que a China liberou a importação do estoque de carne bovina de antes dos casos de EEB.
Com isso, o estoque que estava retido no Brasil e que datam do período anterior ao dia 21 de fevereiro de 2023 poderão embarcar para a China. Ainda permanecem a suspensão para o estoque dos dias 21, 22 e 23 de fevereiro.
Ministro considera ‘uma vitória do governo’
Em depoimento para o Valor Econômico, o Secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, disse que a decisão é uma “vitória do governo”.
Isso porque houve muita negociação para que a China pudesse permitir o embarque dessas carnes e impedir que o prejuízo financeiro para o Brasil fosse ainda maior.
Apenas esta semana a GACC anunciou o aval que foi comunicado no Brasil pelo Ministério da Agricultura. Vale lembrar que o consumo de carne contaminada com Encefalopatia Espongiforme Bovina, popularmente conhecida como “vaca louca” pode gerar casos da doença de Creutzfeldt-Jakob em humanos.