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O caso da crise das Americanas ganha um novo contorno. As Americanas, uma das maiores varejistas do Brasil, está envolvida em um escândalo de ocultação de informações financeiras.
Em janeiro de 2017, a empresa pediu a pelo menos três grandes bancos que retirassem as referências às operações de risco sacado da chamada “carta de circularização”.
A “carta de circularização” é um documento emitido pelos bancos a pedido das firmas de auditoria para checar a veracidade de informações prestadas por seus clientes. No entanto, ao menos um dos bancos se recusou a atender ao pedido.
As operações de risco sacado são uma modalidade em que a empresa se financia para pagar fornecedores, e foi justamente nessas operações que a Americanas admitiu “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões em seu balanço.
Novo relatório
Essa crise levou a empresa a entrar com um pedido de recuperação judicial.
Recentemente, o caso ganhou novos desdobramentos, quando os administradores judiciais da Americanas publicaram um relatório em que tratavam das “cartas de circularização” enviadas pelos bancos aos auditores da empresa.
Conforme o relatório, a KPMG, uma das quatro grandes firmas de auditoria, era a responsável por atestar a confiabilidade dos números da Americanas em 2016.
Segundo documentos fornecidos pela própria Americanas, a KPMG teria recebido respostas às cartas de circularização de dois bancos, o Itaú Unibanco e o Santander, com saldo de operações de risco sacado que foram posteriormente retificadas por outras cartas.
Essas novas versões não apresentavam uma linha para operação de cessão de crédito a fornecedores (forfait). Em uma reunião entre os auditores externos e a administração, a diretoria da Americanas teria reiterado a inexistência dessas operações.
No entanto, logo após a publicação do relatório da administração judicial, o Itaú contestou a informação de forma contundente. Segundo o banco, a carta de circularização enviada continha todas as informações usuais, inclusive as relativas ao risco sacado.
Como ocorreram as fraudes
Ao receber a carta, a Americanas pediu ao banco que a substituísse, excluindo as informações relacionadas ao risco sacado, o que foi prontamente negado pelo banco.
A Americanas disse, em nota, que está apurando o caso e colaborando com as investigações das autoridades.
O caso relacionado a crise das americanas mostra a importância de uma auditoria externa independente e confiável para garantir a transparência e a confiabilidade das informações financeiras de uma empresa.
Além disso, evidencia a necessidade de uma cultura empresarial ética e responsável, que priorize a integridade e a honestidade acima de qualquer ganho financeiro imediato.
A reputação de uma empresa é um ativo valioso, que pode ser destruído em questão de segundos se a empresa se envolver em escândalos financeiros.
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