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Golpe usando o Nubank – Uma servidora pública de 32 anos, identificada como Eliana Miranda, foi vítima de um golpe que resultou em um prejuízo financeiro de mais de R$ 255 mil, após criminosos conseguirem acesso à sua conta no Nubank.
Os golpistas agiram de forma astuta, executando uma série de transações fraudulentas que incluíram um empréstimo no valor de R$ 20 mil. Utilizando oito cartões virtuais, eles realizaram um total de 14 operações de cartão de crédito, totalizando R$ 126.717,27, além de efetuarem 11 pagamentos de boletos no valor de R$ 128.307,00.
Eliana ficou completamente chocada e devastada ao descobrir que todas as suas economias haviam sido subtraídas por meio desse golpe cruel. A situação se tornou um grande desafio para ela, que agora precisa lidar com as consequências financeiras dessa fraude.
O golpe usando o Nubank e o posicionamento do banco digital
O golpe teve início com a ligação de uma suposta funcionária do Nubank, que solicitou a Eliana a confirmação de dados e validações de segurança por meio do aplicativo.
Ao seguir as instruções fornecidas, a servidora pública percebeu posteriormente que havia sido vítima de uma fraude.
A cronologia dos fatos
No dia 19 de maio, por volta das 11h, Eliana recebeu uma ligação de uma pessoa que se apresentou como membro da equipe de segurança de operações do Nubank.
A suposta funcionária alegou que era necessário instalar e cadastrar a conta de Eliana em um iPhone 7 Plus, mesmo ela não possuindo esse modelo de telefone.
A fim de garantir a segurança, a golpista afirmou que não solicitaria informações e instruiu Eliana a não compartilhar senhas nem clicar em links.
Ela apenas pediu para Eliana confirmar seus dados pessoais para acessar o aplicativo do Nubank, com o objetivo de realizar uma validação de segurança.
Desconfiada, Eliana inicialmente recusou, pois sabia que o banco não costuma fazer ligações desse tipo.
No entanto, a golpista insistiu, afirmando se tratar de uma situação de emergência para interromper uma suposta tentativa de fraude em andamento.
Como a golpista possuía todos os dados pessoais de Eliana, a servidora pública prosseguiu.
Ao clicar em um item na plataforma do Nubank, foi redirecionada para uma tela diferente e um arquivo foi automaticamente baixado, embora ela não se lembre exatamente qual era o conteúdo.
Em seguida, foi solicitado que Eliana fosse para a seção “segurança” do aplicativo, onde deveria realizar outra validação, dessa vez por meio de reconhecimento facial e biométrico. Após essa etapa, a tela do celular ficou em branco.
A golpista tentou tranquilizar Eliana, alegando que isso fazia parte de um protocolo do banco e que a operação estava de acordo com a resolução 4893/2001 do Banco Central.
Embora essa resolução exista, ela se refere à segurança cibernética para instituições financeiras. Um e-mail do Nubank validando a identidade de Eliana ajudou a convencê-la de que tudo estava correto.
Durante a ligação, a golpista informou que os golpistas já haviam realizado um empréstimo de R$ 20 mil, mas garantiu que todas as operações seriam desconsideradas.
Poucos segundos depois, Eliana recebeu um e-mail do Nubank informando sobre a liberação do dinheiro do empréstimo.
Aflita, ela entrou em contato com o banco por e-mail, mas não obteve resposta imediata.
Enquanto isso, a golpista assegurava que o setor responsável já estava cuidando da situação. Em seguida, a ligação foi encerrada e a tela do celular permaneceu escura.
Ao reiniciar o celular, Eliana percebeu que o aplicativo do Nubank havia sido removido.
E ao acessar sua conta, ela constatou que todas as suas economias haviam desaparecido.
Somente às 13h32, ela começou a receber notificações de “bloqueio preventivo” do Nubank, mas as transações foram impedidas por valores insignificantes.
Às 15h12, ela foi informada sobre uma transação “não confirmada” no valor de R$ 4.139,58.
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Medidas tomadas
Eliana registrou um boletim de ocorrência e agora busca anular o empréstimo realizado indevidamente, bem como obter uma indenização no valor de R$ 275 mil.
Por meio de uma liminar, ela conseguiu suspender o pagamento da fatura e da parcela do empréstimo. No entanto, o Nubank alega não ter recebido a notificação oficial sobre essa decisão.
O caso de Eliana não é isolado.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) identificou outros casos de golpes envolvendo o Nubank e já notificou o banco.
Além disso, alguns clientes também criticam a ausência de um sistema mais eficiente para bloquear transações suspeitas, o que acaba tornando-os alvos fáceis para os golpistas.
Posicionamento do banco
Em nota enviada ao Uol, o Nubank afirma estar ciente do ocorrido. Em sendo assim, vem conduzindo uma investigação interna para tomar as medidas necessárias.
Afirma ainda que:
“(…) promove constantemente uma série de iniciativas com dicas de segurança e alertas sobre golpes para dificultar que incidentes dessa natureza ocorram.
Com informações do Uol