Call us now:
Com estudo da Firjan com dados do IBGE, no segmento de tecnologia da informação, apenas 2 em cada 10 profissionais empregados são mulheres, mostrando um avanço discreto nos últimos 11 anos. Em 2021, 19% dos trabalhadores na área eram mulheres, em contraste com os 81% de homens.
A consultora Liliane Rocha destaca que a falta de referências e os vieses inconscientes são obstáculos que dificultam a contratação de mulheres e profissionais negros e pardos, mesmo após a conclusão dos cursos na área.
Desigualdade na área
A desigualdade se acentua quando se observa o percentual de mulheres concluintes dos cursos de computação e TIC, que diminuiu de 17,4% para 14,8% entre 2012 e 2021, enquanto o percentual de homens aumentou de 82,6% para 85,2%.
Dados do Censo da Educação Superior do Inep indicam que mais da metade dos alunos concluintes em 2021 são brancos e não há informações disponíveis sobre raça para o restante do grupo.
De acordo com Jonathas Goulart, da Firjan, apenas quatro em cada dez profissionais de TI são negros ou pardos, enquanto no mercado de trabalho brasileiro em geral, em 2022, esses grupos ocupavam 54,6% dos empregos.
Apesar disso, dados do IBGE mostram um avanço na participação de negros e pardos na área, que cresceu de 29,5% para 35,1% entre 2012 e 2022. No entanto, a Firjan calcula que, mantendo o ritmo atual, a igualdade entre brancos e negros no setor só seria alcançada em 2042.
Média salarial
No Brasil, um desenvolvedor júnior ganha em média R$ 3.500 por mês, enquanto um gerente de TI pode receber R$ 12.000.
Nos Estados Unidos, o salário médio anual para um desenvolvedor júnior é de cerca de US$ 75.000, enquanto um gerente de TI pode ganhar US$ 120.000 por ano. É importante destacar que esses valores são influenciados por diversos fatores.
Medidas importantes
Existem diversas iniciativas que buscam promover a inclusão de homens negros e mulheres na área de TI, como programas de capacitação e mentoria específicos para esses grupos, políticas de diversidade e inclusão nas empresas, e o incentivo à participação em comunidades e eventos de tecnologia.
Além disso, é importante combater o preconceito e a discriminação racial e de gênero, e garantir que os processos seletivos sejam mais justos e inclusivos.
Outra medida importante é investir na educação e na formação desses profissionais, para que eles possam adquirir as habilidades e competências necessárias para atuar na área de TI.