Call us now:
O que é Live-Shopping – O e-commerce tem sido uma potência no mercado brasileiro, movimentando bilhões de reais e com perspectivas de crescimento contínuo. No entanto, de acordo com Etienne Du Jardin, CPO e cofundadora da Mimo Live Sales, startup de live-shopping, o modelo tem o potencial de superar o e-commerce no país.
A cofundadora da startup que é respaldada por renomados investidores – incluindo Luciano Huck, Sabrina Sato, Felipe Neto e outros nomes de destaque -, está empolgada com o futuro do Live-Shopping, especialmente no Brasil.
Mas o que é Live-Shopping?
O live-shopping, também conhecido como “compras ao vivo” ou “comércio ao vivo”, é uma tendência que surgiu recentemente e combina elementos do e-commerce com transmissões ao vivo.
Essa prática ganhou popularidade na China, onde é chamada de “shoppertainment” (compras + entretenimento), e tem se expandido para outras partes do mundo.
No live-shopping, os vendedores, influenciadores ou marcas realizam transmissões ao vivo em plataformas digitais, como redes sociais, aplicativos de streaming ou sites especializados.
Durante essas transmissões, eles apresentam produtos, fazem demonstrações, oferecem descontos exclusivos, respondem a perguntas dos espectadores e incentivam as compras imediatas.
A interatividade é um aspecto chave do live-shopping. Os espectadores podem fazer perguntas, comentar, compartilhar suas opiniões e até mesmo interagir uns com os outros durante a transmissão.
Essa interação em tempo real cria uma sensação de comunidade e engajamento, o que pode influenciar positivamente a decisão de compra dos espectadores.
Números do e-commerce x live-shopping
O e-commerce conquistou R$ 450 bilhões entre 2019 e 2022, com projeções de crescimento de mais de 25% nos próximos anos, segundo o Ministério da Indústria.
No entanto, Etienne argumenta que o live-shopping oferece quatro vezes mais potencial de conversão do que uma simples venda transacional.
A razão para isso é que o live-shopping humaniza a experiência de compra, algo altamente valorizado pelos brasileiros.
O Ebit Nielsen prevê um crescimento anual de 26% para a indústria de live sales (“vendas ao vivo” ou “transmissões de vendas ao vivo”) no Brasil, aproximando-se rapidamente do e-commerce tradicional.
Etienne destaca que as vendas ao vivo vão além da simples transação comercial, proporcionando entretenimento e uma conexão única com ídolos, influenciadores e celebridades.
Veja ainda:
- Aplicativo OnlyFans para ganhar dinheiro: muito além do conteúdo adulto para faturar
- Moda do Brás ganha impulso: Vendedores são integrados ao Mercado Livre
- Essa empresa foi eleita a melhor franquia do país no ano
- Baixa produtividade no Brasil: 4 trabalhadores brasileiros para produzir o que 1 americano faz
China é referência para Mimo
A Mimo Live Sales já atende a 150 empresas de diferentes segmentos, incluindo grandes nomes como Bayer, J&J, Samsung, Max Mara e Diageo. É uma plataforma pioneira no setor.
Portanto, ao apresentar seu serviço durante o evento Collision em Toronto (Canadá), apontou a China como um exemplo de referência no live-shopping.
Lá, o formato representa impressionantes 30% de todas as vendas de e-commerce, e estima-se que alcance a marca de US$ 423 bilhões ainda este ano.
De acordo com o relatório de Live Shopping da Mimo Live Sales, os setores que mais adotam o formato no Brasil são: Moda, Beleza, Casa e Decoração, e Eletrônicos.
O live commerce oferece benefícios significativos, como o aumento da audiência, uma taxa de conversão maior, a expansão dos canais de geração de tráfego e a colaboração com influenciadores digitais.
Live-Shopping não se limita a influenciadores famosos
No evento em Toronto, Etienne destacou ainda que o live-shopping não se limita aos influenciadores de maior destaque, pois há uma tendência crescente de adoção também no mercado B2B (Business-to-Business: transações comerciais que ocorrem entre empresas), com empresas vendendo produtos e serviços.
Para impulsionar ainda mais suas operações, a Mimo Live Sales obteve investimentos-anjo de personalidades renomadas, como Sabrina Sato, Luciano Huck, Felipe Neto e Nizan Guanaes.
Recentemente, a startup concluiu uma nova rodada de investimentos financiada pelos CVCs da Locaweb e Cencosud Ventures, direcionando os recursos para tecnologia, dados e desenvolvimento de novas soluções.