Lollapalooza na lista suja do trabalho escravo? Boné do MST? A polêmica em volta do festival

Trabalho escravo no Lollapalooza – Mais uma denúncia de trabalho análogo à escravidão se confirmou, dessa vez envolvendo a produção de um dos maiores festivais de música que acontecem no Brasil. A partir daí, surgem críticas e cobrança por boicote ao evento, mas será que vai acontecer? O Guia do Ex-Negativado destrincha o tema para você.

Notificação de trabalho escravo no Lollapalooza

O Ministério do Trabalho e do Emprego confirmou ter notificado as empresas T4F, que é a grande responsável pelo Lollapalooza, e a Yellow Stripe, esta que opera todos os bares do festival.

A notificação foi feita em razão das condições às quais trabalhadores foram encontrados durante uma vistoria no local onde o evento acontecerá, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Cinco trabalhadores afirmaram que eram obrigados a dormir em condições precárias, com colchonetes e papelões, situação vista por auditores como análoga à escravidão.

Em resposta, a T4F garantiu que a culpa foi da terceirizada Yellow Stripe e rescindiu o contrato.

Após a notificação, o MTE afirmou que os trabalhadores em questão tiveram suas situações regularizadas, incluindo verbas indenizatórias pagas:

“O MPT ressalta que os trabalhadores resgatados pela fiscalização do Trabalho na noite de ontem já tiveram suas situações regularizadas e receberam as verbas rescisórias e horas extras em atuação da Superintendência Regional do Trabalho no Estado de São Paulo, órgão ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego”.

Caso recente foi descoberto em vinícolas no Rio Grande do Sul e houve repercussão dura

O fato remete ao caso de trabalho escravo em três vinícolas em cidades do Rio Grande do Sul, que teve uma grande repercussão na web e cobranças por boicote às marcas Aurora, Salton e Cooperativa Garibaldi.

Leia mais sobre o caso de trabalho escravo nem fazendas produtoras de uva.

Vale destacar que o mesmo aconteceu: as marcas rescindiram contrato com a empresa terceirizada responsável pelos trabalhadores que denunciaram a situação.

A partir daí, o que vem sendo questionado é se a mesma abordagem será feita com o festival de música. O motivo perpassa pelas manifestações políticas ocorridas no festival passado, e o boné do MST, que, por sua vez, foi usado por muitas pessoas durante os eventos.

O humorista Maurício Meirelles satirizou:

A relação com o MST é pelo fato de que o Movimento Sem Terra tem forte ligação mútua de apoio com o PT (Partido dos Trabalhadores).

Internautas cobram boicote ao Lollapalooza

Nas redes sociais, vem havendo uma forte cobrança pelo “cancelamento”, que, na gíria da Internet, significa algo como manchar a imagem de alguém ou alguma empresa que teve uma abordagem tida como ruim.

As cobranças são feitas justamente para adeptos do “boné do MST”, que apropriado por militantes de partidos de esquerda no Brasil e que são tidos como maiores responsáveis por “cancelamentos” nas redes sociais.

A jornalista e colunista do Uol, Madeleine Lacsko, que constantemente sofre com a patrulha de haters, bem como outros internautas, aproveitaram a situação para “cutucar”; veja:

Por outro lado, também há quem afirme que este caso é diferente da situação que ocorreu nas vinícolas, pelo fato de que um boicote geraria prejuízos a quem já pagou por ingressos e estadia.

O que é a lista suja de trabalho escravo?

Trata-se de uma lista na qual empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à escravidão são cadastrados, sendo um importante instrumento de política pública no combate ao trabalho escravo.

A partir daí, fica a dúvida: O Lollapalooza vai entrar na lista suja? Confira alguns empregadores que já estão cadastrados nela.

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