Lula em entrevista na Rede TV: reduzir juros, crise Americanas e formalizar motoristas de app

O presidente Lula deu entrevista na Rede TV, nessa última quinta-feira (2), e falou sobre inúmeros aspectos relacionados aos seus planos para setores da economia brasileira, além de dar “pitaco” na situação econômica vivida pelas grandes marcas que passam por dificuldades financeiras.

Após ser eleito como presidente da República nas eleições de 2022, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu a Rede TV para conceder sua primeira entrevista exclusiva em rede aberta para todo o Brasil.

Confira aqui no Guia do Ex-Negativado alguns dos trechos mais importantes da entrevista.

Na Rede TV, Lula propõe redução de juros da Selic ao Banco Central

A Selic atualmente está em 13,75% desde o último trimestre de 2022 e tem perspectiva de permanecer nesse patamar por mais alguns meses. Para o presidente Lula, a taxa básica de juros do Brasil tão alta não é favorável ao país e precisa ser reduzida.

“O que acontece é o seguinte: o presidente do Banco Central tem que explicar por que 13,5%, e por que qualquer perspectiva de voltar a aumentar se nós não temos inflação de demanda. Porque quando você aumenta os juros, a verdade é que você está numa subida de preço muito grande, porque as pessoas estão comprando muito, as pessoas estão comprando em excesso, você tem que frear, aí você aumenta a taxa de juros, mas não é isso que está acontecendo no Brasil, não é isso”.

“Eu vou fazer uma reunião com alguns empresários, pretendo fazer uma reunião com alguns bancos, junto com os empresários, para a gente discutir com muita seriedade a taxa de juros nesse Brasil. Não existe nenhuma razão para taxa de juros estar em 13,75%. Nenhuma razão, nenhuma razão”.

A Selic impacta diretamente na negociação de crédito e demais produtos que são vendidos a prazo no Brasil. Por outro lado, é significado de rendimento alto em investimentos de renda fixa atrelados à taxa básica de juros.

Lula fala sobre crise das Lojas Americanas e critica empresário bilionário

Perguntado sobre como vê a suposta “pedalada fiscal” cometida pelas Americanas, que teria resultado em um rombo bilionário.

Lula aproveitou a ocasião para fazer críticas ao empresário Jorge Paulo Lemann, um dos principais acionistas do grupo responsável por Americanas e Ambev.

“Aí não é pedalada, é motociata. Acho que a gente quando é pequeno, a gente aprende: ‘nada como um dia após o outro’. Esse lema era vendido como suprassumo do empresário bem-sucedido no planeta Terra. Ele era o cara que financiava jovens para estudar em Harvard, para formar um novo governo. Ele era o cara que falava contra a corrupção todo dia e, depois, ele comete uma fraude que pode chegar a 40 bilhões de reais? E agora, me parece que está chegando na Ambev também. Ou seja, é o seguinte, vai acontecer o que aconteceu com Eike Batista, ou seja, as pessoas vendem uma ideia que eles não são na verdade”.

Lula faz promessa de recuperar economia brasileira

Com inflação acima da meta nos últimos anos, o Brasil tem como uma das suas maiores necessidades a recuperação da economia. Lula promete que conseguirá e citou o que pretende para fazer o país gerar empregos.

“Nós vamos levar muita fé na economia e vou te dizer uma coisa, eu vou te dizer uma coisa no primeiro dia do mês de fevereiro, te dizer uma coisa: Nós vamos recuperar a economia deste país. Nós vamos fazer ajustes no Imposto de Renda, nós vamos aprovar a política tributária que eu tenho certeza que no Congresso a maioria quer votar, e nós vamos fazer essa economia voltar a crescer e gerar empregos com carteira profissional assinada, que é o que interessa para o trabalhador”.

Formalização do trabalho de motoristas e motociclistas de aplicativos

O presidente também ressaltou uma das suas promessas de campanha, que é formalizar o trabalho de motoristas e motociclistas de aplicativos, que ele afirma ver como empreendedores, mas sem acesso à Previdência Social.

“E vamos tentar normalizar e legalizar as pessoas que trabalham com aplicativos, porque parece que as pessoas são pequenos e médios empreendedores, mas quando quebra um carro, uma motocicleta, eles percebem que não são nada, coitados, porque ele não tem nenhum programa de seguridade social. Então, nós queremos que essa gente seja tratada com respeito na hora em que eles precisam de ajuda, não ser abandonados como são hoje”.

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