Indústrias automobilísticas britânicas têm dificuldades na transição para veículos elétricos

A gigante britânica Stellantis – empresa responsável por marcas renomadas como Peugeot, Fiat e Vauxhall – revelou os obstáculos que as montadoras enfrentarão nos próximos anos com os veículos elétricos. Durante seu comparecimento a um comitê parlamentar, representantes da corporação expressaram preocupação em relação aos requisitos de exportação impostos, após o Brexit.

Preocupações em relação aos veículos elétricos

Em seu documento de cinco paginas, a empresa alertou que o alto custo de fabricação de veículos elétricos pode tornar suas operações não competitivas e insustentáveis.

Como parte desse esforço, a Stellantis está realizando uma grande reformulação em suas fábricas localizadas em Ellesmere Port, próxima a Liverpool, para se concentrar na produção de pequenas vans elétricas.

As populares vans, amplamente utilizadas para entregas de comércio eletrônico, são fabricadas em uma fábrica em Luton, ao norte de Londres.

Brexit afetou indústria

A produção de carros no país diminuiu consideravelmente desde o referendo do Brexit em 2016, mas houve um aumento de 6% no primeiro trimestre de 2023.

A fabricação de veículos continua sendo uma indústria importante, empregando 182 mil pessoas e representando 10% das exportações de bens.

No entanto, a saída da União Europeia criou incertezas para montadoras que consideram investir no país, especialmente devido às novas regras comerciais para exportação.

A transição para veículos elétricos é vista como ameaçadora, pois as montadoras globais precisam tomar decisões cruciais sobre onde investir no futuro.

Até agora, a Grã-Bretanha não conseguiu atrair os investimentos necessários para construir fábricas de baterias de grande porte, o que aumenta a preocupação sobre a falta de substitutos após a falência da Britishvolt em janeiro.

A Stellantis e outros fabricantes automobilísticos também estão preocupados com um novo regulamento de importação que entrará em vigor no próximo ano e que exige que pelo menos 45% do valor dos materiais dos carros exportados para a Europa provenham da Grã-Bretanha ou da União Europeia.

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