Mudança no cenário econômico pode gerar redução em taxas de juros

As instabilidades que envolvem o sistema financeiro global impacta nos preços do mercado. Assim, os medos relacionados às crises de crédito estiveram presentes nos anos anteriores, porém nas últimas semanas houve o surgimento de sinais para mudança no cenário econômico.

Indicativos das reduções nas taxas de juros

Embora não tenha funcionado como esperado a estratégia do governo para reduzir os impactos da inflação no final de 2022, nesse momento a perspectiva dos agentes financeiros melhoram frente a situação.

Com a mudança no cenário, na concepção dos agentes havia a possibilidade de antecipar um ciclo de flexibilização da Selic. Já os economistas se mantiveram firmes ao discurso conservador emitido pelo Banco Central, o qual apenas indica um processo de redução da taxa no fim deste ano.

O sócio e gestor de juros da Genoa Capital, Luiz Alberto Basqueira, explicou sobre a dicotomia entre os traders e o Focus:

“O Focus reflete, principalmente, o valor de face das sinalizações do Banco Central e um arcabouço que ainda tem uma meta de inflação de 3%. Com essa meta de hoje, o BC precisaria segurar os juros parados durante um período suficientemente prolongado para chegar ao redor da meta e, mesmo assim, os modelos mostram um IPCA mais alto. O Focus reflete essa comunicação.”

A percepção sobre a baixa da inflação e possíveis mudanças

Nas últimas semanas as mudanças ficaram ainda mais evidentes, indicadores para mudança do cenário econômico levou os agentes a afirmarem uma taxa de 12% no final deste ano. Essa previsão se manteve mesmo após a apresentação e repercussão positiva do documento pelo Ministério da Fazenda.

Sobre esse fato estrategista-chefe Drausio Giacomelli afirma:

“Embora a ata da última decisão do Copom aponte para juros parados por um período prolongado e declare explicitamente que a aprovação de uma regra fiscal não era um sinal verde para a flexibilização da Selic, a incerteza fiscal e as questões relativas à independência do BC foram pilares para o aumento das expectativas de inflação portanto, para uma postura monetária cautelosa”.

No Brasil, os aumentos já impactam em dificuldades monetárias para as empresas. Em sua grande maioria elas apresentam principalmente dificuldades em pagar a sua dívida, mesmo que haja os sinais positivos sobre a redução da inflação.

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Fonte: Valor Econômico

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