O que é recuperação judicial que a Americanas pode pedir? Quais as consequências? Entenda

O que quer dizer a recuperação judicial que a Americanas pode pedir após o escândalo do rombo contábil de R$ 20 bilhões? A empresa varejista inicia seus trabalhos para sair da situação, mas os termos do caso chamam a atenção dos consumidores que buscam entender melhor o que acontece. Entenda aqui no Guia do Ex-Negativado.

O caso Americanas

Na última quinta-feira, 12 de janeiro, o ex-CEO da Americanas revelou que a empresa está com um rombo sem precedentes no valor de R$ 20 bilhões e que poderia se tornar uma dívida de até R$ 40 bilhões.

A revelação caiu como uma bomba no mercado e as ações da varejista caíram de forma vertiginosa, próxima dos 80%.

Em meio a uma situação jamais vista dentro da empresa, as soluções mais drásticas já começam a ser buscadas pelos acionistas.

Uma possibilidade levantada é a recuperação judicial, termo que gerou curiosidade entre consumidores das Americanas e internautas que acompanham o caso.

O que é recuperação judicial que a Americanas pode pedir?

A recuperação judicial é um processo previsto pela Lei 11.101/2005 que tem como objetivo permitir a uma empresa em dificuldades financeiras continuar suas atividades enquanto reorganiza sua situação econômica e financeira, a fim de pagar seus credores.

Não é um processo de falência, mas, sim, uma forma de a empresa dar início à recuperação financeira, com pagamento das suas dívidas, sendo protegida judicialmente.

Para isso, é necessário apresentar um plano de recuperação, que precisa ser aprovado pelos credores e homologado pelo juiz.

Uma vez que o plano é aprovado, a empresa tem um período de tempo para implementar as medidas previstas no plano e recuperar suas finanças.

Os possíveis impactos de uma recuperação judicial são:

  • A empresa pode ter que reduzir seu quadro de funcionários e cortar gastos para equilibrar suas finanças.
  • Os credores podem receber menos do que o valor total devido, dependendo do plano de recuperação aprovado pelo juiz.
  • A empresa pode ter que vender ativos para pagar suas dívidas.
  • A recuperação judicial pode afetar negativamente a confiança dos investidores e clientes na empresa.
  • A recuperação pode ser bem sucedida e permitir a empresa continuar operando, mas também existe o risco de falência.

A Americanas pode falir?

É uma possibilidade que existe para qualquer empresa que entre em recuperação judicial. Afinal, para chegar nessa situação crítica significa que o estado contábil não vai nada bem.

Porém, grandes corporações como é o caso da Americanas conseguem sair de situações negativas com frequência, contando com o apoio da recuperação judicial para conseguir pagar seus credores.

Somente em último caso, se as medidas previstas no plano de recuperação falharem, a empresa pode entrar em processo de falência.

Com a alta probabilidade do pedido à Justiça, o juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro concedeu proteção de bens para a Americanas avaliar se pede ou não recuperação judicial.

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