Uma pesquisa, divulgada neste ano, trouxe à tona informações surpreendentes sobre os salários dos CEOs no Brasil. Segundo o estudo, os rendimentos desses altos executivos atingem valores impressionantes.
Os dados foram minuciosamente compilados a partir de informações públicas de remuneração total entregues à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os valores variam de R$ 24 milhões a R$ 59 milhões por ano, colocando-os no topo do mercado.
Vale ressaltar que as informações referem-se exclusivamente a empresas com ações na bolsa de valores e que fazem parte do índice Ibovespa, o principal indicador do mercado acionário brasileiro.
O que é CEO e os dados divulgados pelo estudo
Embora o nome do executivo com o maior salário não seja especificado, é geralmente o CEO o profissional mais bem remunerado.
CEO é a sigla para Chief Executive Officer, que em português significa Diretor Executivo ou Diretor-Geral.
Esse é o cargo mais alto na hierarquia de uma empresa e é responsável por tomar decisões estratégicas, liderar a organização e representar a empresa perante o público, acionistas e parceiros.
Os cinco maiores salários
Os cinco maiores salários pagos a executivos no ano de 2021 foram registrados no Santander (R$ 59 milhões), Vale (R$ 55 milhões), Itaú Unibanco (R$ 53 milhões), Eneva (R$ 52,7 milhões) e JBS (R$ 52,6 milhões).
Notavelmente, a remuneração de um CEO pode chegar a quase 5 mil vezes a média salarial dos funcionários de sua empresa.
A justificativa para a alta remuneração dos CEOs em relação aos demais colaboradores residiria, por sua vez, na complexidade de suas tarefas, no acesso restrito ao cargo, no crescimento das empresas e no achatamento salarial dos trabalhadores médios.
Especialistas apontam que os salários dos CEOs tendem a aumentar mais rapidamente do que os dos demais funcionários, mesmo diante do desempenho variável das empresas, enquanto os pacotes salariais desses executivos permanecem estáveis.
Apesar das pressões por um rearranjo nesse contexto, a disparidade salarial entre CEOs e demais funcionários continua a crescer.
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Mecanismos de proteção normalmente beneficiam os CEOs, dificultando que sejam afetados negativamente por um desempenho ruim da empresa.
Essa realidade levanta debates sobre equidade salarial e o impacto dessa desigualdade nas relações trabalhistas e sociais.
Com informações do Estadão
