Pix taxado? Pix será cobrado a partir de quando? Entenda o que de fato está acontecendo

Pix taxado? Pix será cobrado a partir de quando? – A taxação sobre transações via Pix voltou à tona no último final de semana por conta de uma notificação enviada pela Caixa Econômica Federal a uma parte dos seus clientes. Mas o que existe de verdade nisso? O Guia do Ex-Negativado te informa hoje.

Haverá Pix taxado em 2023?

Primeiramente, é importante ressaltar que já existe taxação no Pix desde seu lançamento, porém não para todos.

O Pix é uma ferramenta de transferências instantânea e gratuita para todos os consumidores Pessoa Física ao redor do país, porém conta com regras diferentes para empresas.

Para quem é Pessoa Física (contas com CPF), não haverá nenhum tipo de cobrança.

O que ocorreu, dessa vez, foi um aviso enviado pela Caixa Econômica Federal de que os clientes Pessoa Jurídica (empresas) receberão taxas para enviar ou receber Pix.

A partir desse aviso, uma série de fake news começou a ser criada nas redes sociais dando a entender que a cobrança seria para todos, inclusive quem é Pessoa Física, o que não é real.

Pix será cobrado a partir de quando?

No aviso emitido pela Caixa, ficou definido também quando a taxa chegará para o público-alvo dessa medida.

A partir de julho/23, iniciaremos a cobrança de tarifa dos clientes Pessoa Jurídica pelo envio e recebimento de Pix. Para saber mais, acesse a Tabela de Tarifa no site da Caixa”, enviou o banco para seus clientes.

Pix já é taxado para empresas nos outros bancos: quanto custa?

Apesar de a taxação chamar a atenção do público, não é nenhuma novidade para as empresas.

Desde o lançamento do Pix, em 2020, já estavam previstas taxas para PJ. A Caixa era o único dos bancos tradicionais que não havia adotado.

Taxas do Pix para PJ em outros bancos:

  • Santander: 1,4% sobre a transação (de R$ 0,50 a R$ 140)
  • Itaú:  1,45% sobre transações (de R$ 1,75 a R$ 150 por QR Code)
  • Bradesco: 1,40% sobre o valor das transações (de R$ 0,90 a R$ 145 por Pix)
  • Banco do Brasil: 0,99% sobre o valor das transações (de R$ 0,90 a R$ 145 por Pix)

Os bancos digitais, como Nubank, C6 e Inter, não cobram tarifas para empresas em suas contas para PJ.

Foi Lula que aplicou a taxa do Pix na Caixa Econômica Federal?

A Caixa possui autoridade para aumentar ou reduzir seus próprios serviços, bem como criar ou suspender produtos, como foi o caso do empréstimo vinculado ao Bolsa Família.

Dessa vez, a presidente da Caixa, indicada por Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, resolveu iniciar a cobrança da tarifa dos clientes Pessoa Jurídica.

Não há, entretanto, nenhuma medida tomada pelo governo federal, seja por meio de lei ou Medida Provisória, que obrigue a taxação.

Todos os bancos, públicos e privados, têm liberdade para definir pela cobrança ou não, tanto é que os bancos digitais escolheram não cobrar.

Leia também: Banco Central prepara mudanças para o PIX e para o rotativo do cartão

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