Prejuízo à Previdência Social: fraudadores reativaram cadastros de pessoas mortas

Prejuízo à Previdência Social – A Polícia Federal deflagrou, nesta semana uma operação que resultou na prisão de 14 suspeitos responsáveis por fazer parte de uma quadrilha que fraudava benefícios previdenciários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A organização criminosa atuava “ressuscitando” mortos, reativando seus cadastros e inventando beneficiários fictícios. Conforme as investigações, a fraude na Previdência gerou um prejuízo de pelo menos R$ 8 milhões.

Prejuízo à Previdência Social e a atuação da Polícia Federal

Foram cumpridos dezenove mandados de prisão preventiva e dezoito de busca e apreensão pela Polícia Federal no Rio de Janeiro, Niterói, Nova Iguaçu e Nilópolis.

As determinações foram deliberadas pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, com aproximadamente cem policiais federais envolvidos na operação.

Início das investigações

As investigações começaram em 2021, após algumas denúncias do Ministério da Previdência Social e da Caixa Econômica Federal.

A Polícia encontrou indícios de que vários benefícios previdenciários foram concedidos a pessoas fictícias ou que já estavam mortas.

As fraudes ocorreram em pensões por morte e no Benefício de Prestação Continuada ao idoso hipossuficiente (BPC-LOAS).

Os acusados responderão pelas diversas transgressões da lei

Dentre as acusações que responderão os acusados estão: organização criminosa, estelionato previdenciário, falsidade ideológica, falsificação de documentos públicos e uso de documentos falsos. As penas somadas podem chegar a 31 anos e 8 meses de prisão.

O grupo criminoso operava mediante a realização de requerimentos de benefícios previdenciários em nome de pessoas “fictícias”, além da reativação de benefícios titularizados por pessoas já falecidas. Para tanto, a quadrilha anexava aos processos concessórios farta documentação falsificada”, informou a PF em nota, conforme a matéria do Valor Econômico.

Estes “procuradores” das pessoas fictícias ou mortas abriam contas em bancos em nome desses beneficiários, retiravam os cartões magnéticos e faziam os saques.

Durante todo o processo de investigação foram identificados 50 benefícios fraudados. Os criminosos conseguiram R$ 8 milhões, enfrentando, existia mais R$ 4 milhões nessas contas, totalizando R$ 12 milhões desviados.

Prisões e apreensões

Até o momento, não há informações sobre o envolvimento de funcionários do INSS nas fraudes.

Além disso, dois advogados foram presos durante a operação e foram apreendidas três pistolas, uma carabina, celulares, documentos falsos e cartões magnéticos das contas acessadas ilegalmente.

Deixe um comentário