Queda na oferta de crédito: risco de recessão à vista?

A situação do mercado de crédito no Brasil vem sendo afetada por uma série de fatores, e os dados mais recentes divulgados pelo Banco Central mostram que continua a queda na oferta de crédito.

O principal motivo para essa queda é o alto nível de juros, que atingiu seu maior patamar desde 2017, tornando o crédito mais caro e menos acessível para empresas e famílias.

Além disso, a situação se agravou ainda mais com os problemas enfrentados por grandes empresas, como a Americanas, a Oi e o grupo Petrópolis, que estão sofrendo com dificuldades financeiras e têm gerado preocupações no mercado.

No entanto, o BC argumenta que o caso Americanas não teve um efeito contágio relevante até agora.

Previsões não são boas

Apesar de não ver aperto de liquidez no horizonte, o próprio Banco Central reduziu a previsão de crescimento do crédito para este ano, demonstrando uma certa cautela em relação ao mercado de crédito.

De fato, o sinal de alerta aparece no relatório de crédito de fevereiro do Banco Central, que mostrou uma queda no volume de crédito dos bancos e nas novas concessões.

Os bancos estão pondo o pé no freio principalmente em relação aos empréstimos para pessoas jurídicas, preocupados com as dificuldades enfrentadas pelas empresas.

Isso leva a uma queda no estoque e na oferta de crédito para as empresas e nas concessões, o que acaba afetando também o varejo, que vem enfrentando dificuldades.

No entanto, é importante destacar que as pessoas físicas não têm sido afetadas com a mesma intensidade, e o saldo do crédito para as famílias tem apresentado aumento. Apesar disso, as novas concessões mostram uma desaceleração, o que é um sinal de alerta.

Causas da restrição

O Banco Central argumenta que a restrição ao crédito é decorrente do aperto monetário para derrotar a inflação, e que o caso Americanas não teve efeito contágio relevante até agora.

Por enquanto, a restrição ao crédito se assemelha a ocorrida em 2017, na saída de uma longa recessão. A situação exige monitoramento atento e pragmatismo por parte das autoridades e dos agentes econômicos.

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