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Produtividade no Brasil – O Brasil enfrenta um desafio considerável no que diz respeito à sua competitividade, tanto em relação a economias desenvolvidas quanto a outros países emergentes. De acordo com o Instituto de Desenvolvimento de Gestão (IMD), o país se encontra na 61ª posição em termos de produtividade da força de trabalho, em um ranking que avaliou 64 nações. Essa posição coloca o Brasil à frente apenas da Mongólia, Nova Zelândia e Venezuela.
Em relação à produtividade geral, considerando o PIB por pessoa ocupada, o Brasil está na 57ª colocação. Ele é superado por países como Colômbia, México, Argentina, África do Sul e Cazaquistão.
Os dados do IMD também revelam uma discrepância significativa na eficiência produtiva em comparação com outros países.
Por exemplo, para produzir a mesma quantidade que um trabalhador americano, o Brasil necessita de quatro trabalhadores. Além disso, a produtividade do trabalho no Brasil é inferior a metade do que é observado na Coreia do Sul.
Possíveis causas para produtividade baixa no Brasil e medidas necessárias para enfrentar a situação
Essas informações destacam a necessidade de medidas e políticas que visem aprimorar a produtividade no país, buscando tornar o Brasil mais competitivo no cenário internacional.
O aumento da produtividade não apenas impulsiona o crescimento econômico, mas também contribui para a melhoria das condições de trabalho e o desenvolvimento sustentável do país.
Em entrevista para o Jornal Estadão, o professor e diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologia da Fundação Dom Cabral, Hugo Tadeu, afirmou que a baixa produtividade brasileira tende a ser resultado de diversos fatores.
Para ele, altos gastos públicos com pagamentos de juros mais altos – em função das inseguranças fiscais -, atrapalham guardar recursos para investimentos necessários em setores científicos e tecnológicos.
Segundo outro especialista ouvido pelo Estadão, o professor do Ibmec José Ronaldo de Castro Souza Júnior, esse tema da produtividade deveria ser debatido mais a fundo no país.
O fato de os casais terem menos filhos e uma parcela considerável da população seguir envelhecendo dependendo cada vez mais dos auxílios do governo, já seria motivo fundamental para focar no tema.
Para o professor, diante dessa realidade demográfica que se apresenta, o crescimento econômico dependerá cada vez mais do aumento da produtividade.
Paulo Feldmann, professor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da Universidade de São Paulo, em artigo para o Jornal da USP, afirma que:
“(…) empresas pagam muitos impostos no Brasil sem se considerar a enorme burocracia que também é prejudicial. Temos também um problema com a qualidade da nossa mão de obra, que é considerada baixíssima, o que é explicado pelo baixo nível educacional do País”.
Educação e qualificação da mão de obra
Nesse contexto, seria vital aumentar a produtividade por meio de investimentos em educação, alocação eficiente de recursos, estímulo à inovação e eliminação de legislações que aumentam os custos.
A reforma tributária também é vista como uma oportunidade para simplificar o sistema e impulsionar o crescimento.
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Além disso, é fundamental investir na qualificação da mão de obra e aumentar a capacidade da indústria e da infraestrutura, a fim de impulsionar ganhos de produtividade.
Diante desse cenário desafiador, o Brasil deveria buscar soluções para promover mudanças estruturais que impulsionem a produtividade e tornem o país mais competitivo globalmente.
Em resumo, os especialistas de um modo geral entendem que o investimento em educação, a simplificação tributária e o estímulo à inovação são algumas das medidas consideradas cruciais para impulsionar o desenvolvimento econômico e enfrentar os desafios atuais.