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O banco Itaú surpreendeu neste primeiro trimestre ao registrar um lucro recorde de R$ 8,435 bilhões, superando seus principais concorrentes, Bradesco e Santander. Neste cenário econômico onde os bancos digitais – por serem menos burocráticos – ganham cada vez mais terreno na preferência do público, os chamados “bancões” tentam se movimentar pela preferência da clientela.
Momento desafiador para Bradesco e Santander
O Bradesco e o Santander têm enfrentado dificuldades desde o ano passado, com o aumento da inadimplência, principalmente entre as classes de renda mais baixas.
Além disso, a elevação das taxas de juros impactou negativamente suas margens de lucro.
Esses bancos estão empenhados em desenvolver estratégias para lidar com esses desafios e restabelecer um desempenho financeiro sólido.
Itaú e Banco do Brasil: o foco é em clientes de alta renda
Por outro lado, o Itaú e o Banco do Brasil possuem uma base de clientes voltada para indivíduos de maior renda.
Essa segmentação tem contribuído para os resultados positivos para o Itaú, que também tem apresentado bom desempenho em suas operações na América Latina.
O Banco do Brasil, por sua vez, tem fortalecido sua posição com uma sólida carteira de negócios no setor do agronegócio.
Lucratividade versus tamanho de ativos
Embora o Itaú tenha liderado em termos de lucratividade no primeiro trimestre, ainda está atrás de seus concorrentes em relação ao tamanho dos ativos.
Enquanto o Itaú possui ativos no valor de R$ 2,547 trilhões, o Bradesco detém R$ 1,864 trilhão e o Santander, por sua vez, possui R$ 1,049 trilhão em ativos.
Esses números mostram a importância de considerar diferentes métricas financeiras para, assim, avaliar a posição dos bancos no mercado.
Crise econômica pauta estratégias
O Itaú Unibanco tem buscado desconcentrar riscos em grandes empresas desde 2014, reduzindo a exposição a setores mais voláteis, como os de commodities.
Essa estratégia se deve à crise econômica no Brasil e à Operação Lava Jato.
No primeiro trimestre, o índice de eficiência do banco foi o melhor da história, abaixo de 40%, e o executivo destacou que a eficiência não é apenas reduzir custos, mas também tornar os processos mais ágeis e satisfazer os clientes.
Os custos relacionados ao negócio principal do banco caíram 6% no primeiro trimestre, indicando a eficiência da estratégia.
Fonte: Estadão