Calote no BNDES de Cuba e Venezuela foi de quase R$ 3 bilhões; mas novos custeios virão

Calote no BNDES – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá voltar a financiar projetos de infraestrutura  na América Latina, a começar pela Argentina. A partir daí, lembranças sobre o calote no BNDES dado por Cuba e Venezuela voltaram a agitar a Internet. Saiba mais aqui no Guia do Ex-Negativado.

Relembre o calote de Cuba e Venezuela no BNDES

Em mandatos do presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff (PT), foram autorizados empréstimos a países latino-americanos, em negociações garantidas pelo Fundo de Garantia à Exportação (FGE) ao BNDES.

Dentre eles, os casos mais emblemáticos foram com Cuba e Venezuela, que, após alguns anos, anunciaram que não pagariam mais as parcelas do acordo com o BNDES por problemas econômicos em suas nações.

Em 2018, o próprio Banco Nacional de Desenvolvimento afirmou que os contratos não deveriam ter sido feitos.

“Fica claro que eles (Cuba e Venezuela) não tinham condições de pagar. Não deveriam ter sido feitos, mas agora temos que ir atrás do dinheiro”.

Para receber a quantia já quitada, o banco precisou acionar justamente as garantias do FGE, fundo custeado pelo Tesouro Nacional. Portanto, um calote bilionário se confirmou, já que o dinheiro precisou sair dos cofres públicos do Brasil.

Qual é o valor do calote de Cuba e Venezuela no BNDES?

No caso de Cuba, o valor emprestado foi de 656 milhões de dólares (R$ 3,3 bilhões).

Dessa quantia, 407 milhões de dólares (R$ 2,1 bi) ainda vão vencer.

Já a Venezuela pegou 1,5 bilhão de dólares (R$ 7,7 bilhões) e ainda restam 122 milhões de dólares (R$ 632 milhões) a pagar.

No total, Cuba e Venezuela ainda devem 529 milhões de dólares (R$ 2,72 bilhões) ao Brasil. E não vão pagar.

A grande parte do valor já pago desses empréstimos saiu do bolso dos contribuintes brasileiros.

Valores indenizados pelos cofres públicos ao BNDES

O Banco do Desenvolvimento já recebeu de volta R$ 1,1 bilhão do empréstimo à Cuba e R$ 3,3 bilhões do empréstimo feito para a Venezuela.

Como os valores indenizados pelo FGE saem do bolso do contribuinte brasileiro, configura-se calote dos dois países.

BNDES pode financiar gasoduto argentino

Em discurso feito em Buenos Aires, o presidente Lula confirmou a possibilidade de o BNDES financiar projetos como o gasoduto argentino que levará gás da Argentina para outros países, incluindo o Brasil.

Se há interesse dos empresários e do governo e nós temos um banco de desenvolvimento para isso, quero dizer que vamos criar as condições para fazermos o financiamento que a gente puder fazer para ajudar no gasoduto argentino”, confirmou Lula, ao lado do presidente argentino Alberto Fernandez.

O problema é que a Argentina vive um momento muito complicado em sua economia, com inflação que supera a casa dos 90%.

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