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Nos anos 1990, o governo reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para incentivar o mercado brasileiro de carro popular. No entanto, a ideia de ressuscitar esse segmento atualmente não é fácil, mesmo com a redução de impostos.
Os modelos de carros populares na época eram conhecidos como “pé de boi” ou “pelados”, por serem despojados de itens de conforto, segurança e qualidade de materiais.
Atualmente, esses modelos custariam cerca de R$ 80 mil, com recursos que não existiam naquela época, como airbag, freios ABS e sistemas de navegação e conectividade.
Formas de reduzir os preços dos automóveis
As montadoras, concessionárias e o governo estão analisando maneiras de reduzir os preços dos modelos já disponíveis no mercado, especialmente os modelos “básicos”, que hoje em dia têm um valor que varia de R$ 70 mil a R$ 80 mil.
Uma possibilidade é reduzir o valor desses carros para R$ 50 mil, retirando itens de conforto e design e reduzindo as margens de lucro dos fabricantes e revendedores.
Contudo, essa sugestão não é aceita por todos. Empresas produtoras, tais como a General Motors, já manifestaram descontentamento com a proposta.
Além disso, os tributos elevados, as inovações tecnológicas que seguem as tendências do mercado mundial e as novas diretrizes de segurança e emissões internas são outros fatores que contribuem para a elevada tarifa dos veículos no Brasil.
Primeiro projeto
Com a intenção de incentivar o mercado de carros populares nos anos 90, o governo brasileiro reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Na época, a medida resultou na aprovação do projeto de carros populares de 1992, que beneficiou inicialmente o Uno Mille da Fiat.
As demais montadoras, como Volkswagen, GM e Ford, logo em seguida adaptaram seus modelos para se enquadrarem aos requisitos do projeto e obterem os benefícios fiscais.
O presidente Itamar Franco na época também incluiu o fusca, vendido como “Fusca Itamar”. O modelo contava com o mesmo motor 1.6 do Fusca original e teve pouco mais de 40 mil unidades vendidas, mas saiu de linha três anos depois.
Fonte: Estadão