Conta de luz mais cara – Embora o país tenha a capacidade de gerar energia a preços relativamente baixos, a sociedade enfrenta uma dupla penalização.
Primeiro, as empresas pagam caro pela energia, o que faz com que repassem esses custos mais elevados para os consumidores, aumentando os preços dos produtos.
Segundo, as famílias lidam com contas de luz mais altas. Isso acontece devido a subsídios questionáveis e a políticas ineficientes no setor de energia. Esses fatores acabam gerando custos adicionais para as empresas e para as famílias.
E pra piorar a situação, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fez uma previsão de que a conta de luz vai ficar mais cara em 2024, em média 5,6%.
Vale lembrar que esse aumento fica maior do que a média prevista de inflação para o período, que é de 3,87%, de acordo com informações de especialistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central.
Diante desse cenário, entenda mais sobre o aumento e as possibilidades para tentar suavizar sua conta de energia.
Veja ainda:
- Saiba como colocar conta de energia no baixa renda pelo celular e passe a pagar menos
- Desconto no IPTU: o que precisa saber para pagar menos
Conta de luz mais cara: o que é possível fazer para amenizar
Diante desse cenário de conta de luz ficando mais cara para os consumidores, o jeito é tentar encontrar maneiras para abrandar a situação.
Existem, portanto, algumas possibilidades que devem ser consideradas. Vejamos algumas delas.
Tarifa Social
A Tarifa Social de Energia Elétrica é uma iniciativa que visa proporcionar descontos significativos na conta de luz para milhões de brasileiros de baixa renda cadastrados no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Foi instituída pela Lei nº 10.438 em 2002, e é aplicada e monitorada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Quem Pode Participar?
Para ser elegível à Tarifa Social, as famílias devem atender a certos critérios, sendo os principais a inscrição no CadÚnico e a comprovação de renda familiar mensal de até meio salário mínimo por pessoa (R$ 706).
Além disso, o benefício é estendido às famílias com renda mensal de até três salários mínimos, contendo membros com deficiência que necessitem de equipamentos elétricos para tratamento.
Idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) também têm direito ao desconto.
Quais são os Descontos?
Os descontos variam de acordo com o consumo mensal de energia.
Para famílias de baixa renda com consumo de até 30 kWh por mês, o desconto é de 65%.
Na faixa de consumo de 31 kWh até 100 kWh mensais, o desconto é de 40%.
Para consumos entre 101 kWh e 220 kWh por mês, o desconto é de 10%.
Já para famílias indígenas e quilombolas, os descontos são mais amplos: 100% para até 50 kWh, 40% para 51 kWh a 100 kWh, e 10% para 101 kWh a 220 kWh.
Não há desconto para consumo acima de 220 kWh por mês.
Como Solicitar?
A Tarifa Social é concedida automaticamente para as famílias já cadastradas no CadÚnico.
Caso a família preencha os requisitos de renda per capita de até meio salário mínimo, mas ainda não esteja no CadÚnico, é essencial solicitar o benefício.
Os interessados podem obter informações adicionais nos Centros de Referência em Assistência Social (Cras) em todo o Brasil.
Não me enquadro na Tarifa Social, como pagar menos diante da conta de luz mais cara?
Se você não se enquadra nos requisitos para solicitar os descontos acima, o jeito mesmo é tentar economizar ao máximo.
A Companhia de Energia Elétrica de Minas Gerais (CEMIG) tem dicas para economizar energia em casa. Confira:
- Lâmpadas de LED: Opte por lâmpadas de LED, mais eficientes.
- Cores Claras nas Paredes: Pinte com cores claras para refletir melhor a luz.
- Aproveite a Luz Natural: Evite acender lâmpadas durante o dia.
- Economia no Computador: Utilize recursos de economia de energia no computador.
- Eletrodomésticos Eficientes: Escolha e instale eletrodomésticos eficientes.
- Instalação Adequada da Geladeira: Instale a geladeira corretamente, evitando proximidade com calor.
- Práticas Adequadas com a Geladeira: Evite práticas inadequadas, como secar panos na parte traseira.
- Desligue a TV Quando Não Estiver em Uso: Evite deixar a TV ligada sem necessidade.
- Uso Eficiente do Ferro Elétrico: Ligue o ferro apenas quando necessário e evite nos horários de pico.
- Passar Roupas de Forma Estratégica: Passe roupas delicadas primeiro e desligue ao final.
- Otimize o Uso da Máquina de Lavar: Lave a quantidade máxima indicada de uma só vez.
- Manutenção do Filtro da Máquina de Lavar: Mantenha o filtro sempre limpo.
- Reduza o Consumo do Chuveiro: Evite usar entre 17h e 22h, ajustando a temperatura no verão.
- Economize Água no Banho: Feche a torneira enquanto se ensaboa.
- Evite Práticas Perigosas com Resistências: Não utilize resistências queimadas.
- Ar-Condicionado Eficiente: Opte por aparelhos com o Selo Procel de Economia de Energia.
- Ventiladores em Vez de Ar-Condicionado: Prefira ventiladores, mantendo portas e janelas abertas.
Placas de energia solar
Outro método que vem ganhando força no país para encarar a conta de luz que fica mais cara, são as placas de energia solar.
Instalá-las pode reduzir drasticamente o valor mensal da sua conta de energia elétrica, chegando a uma economia de até 95%, dependendo do gerador.
Isso significa que, nesse caso, você só pagará a taxa mínima da concessionária de energia local, ou até mesmo uma quantia muito menor do que costuma pagar.
O processo de instalação é simples, utilizando placas solares que captam energia por meio de painéis fotovoltaicos.
Essas placas podem ser utilizadas tanto em empresas quanto em residências, proporcionando uma redução significativa na conta de luz e se tornando uma fonte de energia mais acessível a longo prazo.
Uma vez instalado, um painel solar tem uma durabilidade média de 25 anos.
Após o pagamento do sistema, o consumidor não precisa se preocupar com novos pagamentos, a menos que haja necessidade de eventuais manutenções ao longo desse extenso período.
É uma maneira eficaz de economizar e investir em energia sustentável por mais de duas décadas.
O único problema aqui é o preço. No entanto, já existe financiamento exclusivo para as placas.
Veja ainda: