Credores da Marisa impacientes: registraram 511 protestos por inadimplência em 2023

No decorrer deste ano, os credores da varejista de moda Marisa registraram impressionantes 511 protestos por inadimplência, um número 14 vezes maior do que o observado nos últimos cinco anos. Como já anunciado aqui no Guia do Ex-negativado, a empresa enfrenta graves problemas financeiros.

Problemas na Marisa

Esses credores, em sua maioria fornecedores de artigos de moda e acessórios, estão cobrando um total de R$ 13,8 milhões em dívidas.

A situação se agravou com a renúncia do então CEO Adalberto Pereira dos Santos, que ocorreu logo após o anúncio da intenção da empresa de renegociar suas dívidas.

Agora, a Marisa está sob a liderança de João Pinheiro Nogueira, um experiente executivo financeiro que já ocupou o cargo de diretor financeiro na Petrobras.

Credores da Marisa protocolaram pedidos de falência contra a empresa devido a uma dívida total de R$ 882,7 mil.

Os principais fornecedores com débitos são MGM Comércio de Acessórios de Moda (R$ 363,5 mil), Plasútil Indústria e Comércios de Plásticos (R$ 173,5 mil) e Oneflip Indústria e Calçados (R$ 345,7 mil).

Os protestos feitos pelos credores afetam a capacidade da varejista de moda em obter crédito corporativo.

O CEO da empresa, Nogueira Batista, explicou que os pedidos de falência são parte de um processo de reestruturação e que 90% das dívidas já foram renegociadas.

A empresa está ciente das dívidas e está enfrentando as questões legais.

Formas de reverter

A varejista Marisa afirmou que irá fechar 91 lojas como parte de seus esforços para reverter sua difícil situação financeira e enfrentar a inadimplência. Essas lojas empregam, em média, 20 pessoas cada.

A empresa espera que esses fechamentos contribuam para um Ebitda anual de R$ 62 milhões.

A empresa enfatizou que esses ajustes não implicam em uma mudança na estratégia de público-alvo, mantendo seu foco na moda feminina para a classe média.

Especialistas sugerem medidas como redução de despesas, revisão completa do negócio, renegociação de aluguéis, redução de estoque e cortes de pessoal.

A recuperação judicial é considerada uma opção, porém, ainda é vista com cautela pelos credores.

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