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No decorrer deste ano, os credores da varejista de moda Marisa registraram impressionantes 511 protestos por inadimplência, um número 14 vezes maior do que o observado nos últimos cinco anos. Como já anunciado aqui no Guia do Ex-negativado, a empresa enfrenta graves problemas financeiros.
Problemas na Marisa
Esses credores, em sua maioria fornecedores de artigos de moda e acessórios, estão cobrando um total de R$ 13,8 milhões em dívidas.
A situação se agravou com a renúncia do então CEO Adalberto Pereira dos Santos, que ocorreu logo após o anúncio da intenção da empresa de renegociar suas dívidas.
Agora, a Marisa está sob a liderança de João Pinheiro Nogueira, um experiente executivo financeiro que já ocupou o cargo de diretor financeiro na Petrobras.
Credores da Marisa protocolaram pedidos de falência contra a empresa devido a uma dívida total de R$ 882,7 mil.
Os principais fornecedores com débitos são MGM Comércio de Acessórios de Moda (R$ 363,5 mil), Plasútil Indústria e Comércios de Plásticos (R$ 173,5 mil) e Oneflip Indústria e Calçados (R$ 345,7 mil).
Os protestos feitos pelos credores afetam a capacidade da varejista de moda em obter crédito corporativo.
O CEO da empresa, Nogueira Batista, explicou que os pedidos de falência são parte de um processo de reestruturação e que 90% das dívidas já foram renegociadas.
A empresa está ciente das dívidas e está enfrentando as questões legais.
Formas de reverter
A varejista Marisa afirmou que irá fechar 91 lojas como parte de seus esforços para reverter sua difícil situação financeira e enfrentar a inadimplência. Essas lojas empregam, em média, 20 pessoas cada.
A empresa espera que esses fechamentos contribuam para um Ebitda anual de R$ 62 milhões.
A empresa enfatizou que esses ajustes não implicam em uma mudança na estratégia de público-alvo, mantendo seu foco na moda feminina para a classe média.
Especialistas sugerem medidas como redução de despesas, revisão completa do negócio, renegociação de aluguéis, redução de estoque e cortes de pessoal.
A recuperação judicial é considerada uma opção, porém, ainda é vista com cautela pelos credores.