Crescimento da formalização do emprego no agro tem sido notável

O agronegócio brasileiro mostra um crescimento constante nos últimos anos, e com ele, a formalização do emprego no agro. Vamos entender o que levou a isso.

Segundo levantamento do FGV Agro, nos últimos três anos, o setor gerou mais de 359 mil empregos formais e encerrou 15,5 mil vagas informais, elevando a taxa de formalidade no agronegócio para 40,1%, o maior percentual da série histórica da PNAD-C.

Ainda que a informalidade no campo seja maior do que no conjunto da economia, a tendência de crescimento dos empregos no setor tem sido notável.

Esse crescimento tem sido impulsionado principalmente pela contratação de trabalhadores com carteira assinada e vagas mais qualificadas.

Motivos do crescimento

A formalização do trabalho no campo está ligada ao crescimento da renda no setor, impulsionado pelo aumento dos preços das commodities em reais e dólares, o que permitiu investimentos e incorporação de tecnologia.

As novas tecnologias, principalmente aquelas ligadas à automatização das atividades dentro da porteira, estão incorporando profissionais mais qualificados para lidar com os novos equipamentos, elevando a qualificação da mão de obra no setor.

No entanto, ainda há dificuldades em encontrar mão de obra especializada, principalmente para a operação de máquinas.

Embora o cenário ainda seja de informalidade elevada, o aumento dos postos de trabalho se dá principalmente porque o agronegócio está crescendo, com exportações em alta e o PIB rural crescendo mesmo na pandemia.

Novos desafios

O desafio agora é fornecer incentivos para atrair e reter mão de obra especializada, a fim de continuar impulsionando o crescimento e a formalização do emprego no campo.

A formalização do emprego no agronegócio é essencial para garantir direitos trabalhistas e segurança para os trabalhadores rurais.

Muitos trabalhadores do campo são contratados de forma informal, o que pode resultar em uma série de problemas, como salários baixos, falta de segurança no trabalho, ausência de benefícios e proteção social.

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