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Uma batalha pela posse da luxuosa mansão com localização na Ilha Comprida, em Angra dos Reis, envolvendo o jogador de futebol Richarlison (que hoje joga no futebol inglês) e seu sócio, teve um novo acontecimento com a participação do advogado Willer Tomaz, que mora em Brasília e tem aliança com o senador Flávio Bolsonaro.
O luxuoso imóvel, que já foi da talentosa cantora Clara Nunes e possui praia privativa, além de cachoeira ao lado, foi adquirido pela empresa Sport 70, de propriedade do atleta, em 2020.
No entanto, logo se tornou objeto de uma liminar controversa que concedeu a posse ao advogado Tomaz, dois anos depois.
Só que uma recente decisão judicial pode beneficiar o jogador, anulando as brechas que permitiram a emissão da liminar.
O caso será analisado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
A disputa pela mansão: quando tudo começou
A disputa em torno da posse da mansão na Ilha Comprida tem se arrastado por um longo período, envolvendo reintegração de posse na calada da noite e com homens armados, além de decisões judiciais rápidas.
Segundo narra o jornalista Guilherme Amado, em sua coluna no Metrópoles, tudo começou após o senador Flávio Bolsonaro se “encantar” com o local.
Foi aí que Willer Tomaz, amigo do senador, iniciou esforços para adquirir o terreno, que, pouco tempo depois, já estava de posse da empresa de Richarlison, que comprou das mãos de Antônio Marcos, empresário que, até então, era o dono do local.
Visita de Flávio Bolsonaro
O jornalista Guilherme Amado apurou ainda, que Flávio Bolsonaro visitou o local ao lado de sua esposa e outros políticos, e ficou extasiado com a beleza. Porém, na ocasião, o atual proprietário (Antônio Marcos) já negociava com Richarlison.
Passados cinco meses, Antônio Marcos recebeu uma ligação informando que Flávio estava diante da residência, acompanhado desta vez por um colega, a quem pretendia exibir a propriedade. Era o advogado Willer Tomaz.
Ambos haviam atracado uma embarcação em frente ao terreno, sem convite de Antônio Marcos ou dos atuais proprietários: Richarlison e seu representante.
Segundo Antônio Marcos, Flávio lhe apresentou Tomaz e perguntou se seu companheiro poderia visitar a mansão.
Antônio Marcos pediu desculpas, explicou que não era mais o proprietário da propriedade e, por essa razão, não poderia receber o senador e Tomaz.
Além disso, sentia-se desconfortável em solicitar aos novos donos que permitissem que Flávio e um desconhecido conhecessem a casa que já não lhe pertencia.
Denúncia de viúva
O que aconteceu depois disso, é que o advogado Tomaz encontrou brechas na Justiça para ter ganho de causa e conseguir adquirir o imóvel.
Assim, em 2022, teve o imóvel transferido para seu nome.
Isso ocorreu após comprovar perante o sistema judiciário, que Maria Alice Menna, uma viúva de 78 anos e uma das antigas proprietárias da M Locadora (que foi dona do imóvel, ainda antes de Antônio Marcos), teria assinado um documento transferindo sua parte na empresa para Donato Galvez, um dos sócios da M Locadora.
Galvez, por sua vez, supostamente teria concordado em vender o imóvel para o advogado.
No entanto, em julho de 2022, a viúva recorreu à Justiça alegando ter sido enganada ao assinar o documento.
Na ocasião, ela negou ter renunciado aos seus direitos na empresa e solicitou a anulação de todo o processo que concedia ao amigo de Flávio qualquer direito sobre a propriedade.
Posteriormente, um parecer técnico foi anexado ao processo envolvendo a disputa pela posse da mansão na ilha paradisíaca, apontando que a assinatura de Maria Alice Menna havia sido falsificada.
Processo judicial da mansão de Angra dos Reis
Embora o Ministério Público de São Paulo tenha recomendado que se arquive o caso, o processo ainda aguarda despacho no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Enquanto as disputas de titularidade persistem, a mansão em questão está sendo anunciada para aluguel ou venda.