Estagnação nas vendas impacta Volkswagen: produção é temporariamente paralisada

A Volkswagen, uma das principais montadoras de veículos do país, anunciou a suspensão temporária da produção em suas fábricas de São José dos Pinhais, São Bernardo do Campo e Taubaté. A decisão foi motivada pela estagnação do mercado automotivo, apesar das recentes medidas de incentivo ao carro popular implementadas pelo governo federal.

Queda nas vendas

De acordo com o Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), as vendas diárias de automóveis registraram uma queda significativa em junho, diminuindo 20,4% em comparação com o mês anterior. 

Essa queda nas vendas contribuiu para a necessidade da Volkswagen tomar medidas para ajustar a produção à demanda atual do mercado.

Na fábrica de São José dos Pinhais, responsável pela produção do T-Cross, foi implementado o regime de layoff em um turno desde o dia 5 de junho, com previsão de duração entre dois e cinco meses. 

O outro turno ficará parado por uma semana, utilizando o banco de horas.

Já na unidade de Taubaté, onde são fabricados o Polo Track e o Novo Polo, ambos os turnos estarão interrompidos durante esta semana, também utilizando o banco de horas.

Em relação à fábrica Anchieta, localizada em São Bernardo do Campo, que produz o Novo Virtus, Novo Polo, Nivus e Saveiro, a Volkswagen solicitou férias coletivas de dez dias para os dois turnos a partir de 10 de julho. 

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Medidas prevista em acordo coletivo

A empresa afirma que essas medidas estão previstas em acordo coletivo com o sindicato, visando garantir a sustentabilidade operacional diante do cenário desafiador.

No âmbito do programa de descontos em carros lançado pelo governo federal, as montadoras buscaram recursos correspondentes a 84% do total disponível, totalizando R$ 420 milhões. 

A Fiat foi a montadora que mais solicitou recursos, com R$ 190 milhões, seguida pela Volkswagen, com R$ 60 milhões.

Outras importantes montadoras, como Peugeot Citroen, Hyundai, Renault, GM, Honda, Nissan e Toyota, também apresentaram pedidos de apoio financeiro. 

O programa prevê descontos de R$ 2.000 a R$ 8.000, entretanto, algumas empresas decidiram aplicar margens maiores por conta própria, oferecendo benefícios ainda mais atrativos para os consumidores.

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