“Gato de luz” afeta profundamente contas da Light que está em recuperação judicial

Gato de Luz – A Light, empresa distribuidora de energia elétrica, enfrenta sérios problemas financeiros que têm como raiz o crescente roubo de energia elétrica, também conhecido como “gato de luz“.

Esse problema tem afetado diretamente a receita da companhia, que é obrigada a arcar com a diferença entre o limite de perdas estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica e o percentual real de perdas, que no caso da Light é de 35,28%.

A recuperação judicial da empresa – que teve seu pedido na última sexta-feira (12) – é uma tentativa de reverter a situação e, assim, encontrar soluções para o problema do roubo de energia.

Soluções para o “gato de luz”

As perdas com o “gato de luz” custam bilhões à empresa, o que é especialmente preocupante em um momento de retração econômica.

A solução como um todo para o problema do roubo de energia elétrica dependeria, por sua vez, de uma ação conjunta entre governos e empresas de energia.

Nesse sentido, no caso do Rio de Janeiro, onde existem locais onde o crime organizado dificulta o processo de combate ao roubo de energia elétrica, é necessário um esforço ainda maior para combater esse problema.

O roubo de energia elétrica é um problema que afeta tanto as áreas de classe média e alta quanto as áreas de risco, como apontado pela Light em 2017.

Investidores preocupados

A decisão de entrar com um pedido de recuperação judicial trouxe prejuízos significativos para inúmeros investidores e credores da empresa, como evidenciado pela queda acentuada nas ações da companhia.

A desvalorização das debêntures também contribuiu para as perdas financeiras dos investidores que possuíam títulos da Light.

O atual período de incerteza em relação ao futuro da empresa tem um impacto direto no preço e na liquidez dos ativos da Light.

Como resultado, portanto, muitos investidores enfrentam dificuldades para encontrar compradores para os papéis da empresa.

Isso se deve, em parte, ao fato de que a bolsa brasileira não permite que empresas em recuperação judicial façam parte de seus índices

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