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Geladeira mais cara? Geladeira vai aumentar? Foi divulgada uma resolução pelo Ministério de Minas e Energia, liderado por Alexandre Silveira, que visa realizar transformações substanciais nas normas de eficiência energética aplicadas a geladeiras e freezers de uso doméstico no Brasil.
Essas modificações apresentam a possibilidade de influenciar consideravelmente o cenário de mercado, com previsões da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) sugerindo um aumento significativo no valor mínimo dos refrigeradores, ultrapassando a marca dos R$ 5 mil.
Geladeira mais cara? Geladeira vai aumentar? O que está por trás das mudanças
A resolução, que começará a vigorar em 31 de janeiro, apresenta uma abordagem gradual para implementar as alterações.
Na primeira etapa, somente será permitida a fabricação e importação de refrigeradores com um índice máximo de 85,5% do consumo padrão de energia.
As empresas fabricantes terão até o final de 2024 para comercializar os produtos já produzidos e importados até a data limite.
Posteriormente, a partir de 31 de dezembro de 2025, varejistas e atacadistas não poderão mais oferecer modelos com eficiência energética superior a esse patamar.
De acordo com o governo, para facilitar a transição, a mudança será realizada em duas etapas, sendo concluída em janeiro de 2028.
Assim, ao longo desse período, ainda será possível encontrar produtos com os antigos padrões de eficiência energética, mas a oferta gradativamente se adequará às novas regulamentações.
Para o governo essa abordagem em fases visa proporcionar um período de adaptação tanto para os fabricantes quanto para os consumidores, permitindo uma transição mais suave para os padrões mais rigorosos de eficiência energética.
A Importância do Índice de Eficiência Energética
O índice de eficiência energética é uma medida crucial nesse contexto.
Ele indica quanto o eletrodoméstico consome em relação a um valor padrão, calculado com base em fatores como o volume dos compartimentos do refrigerador.
Atualmente, esse índice máximo permitido está em patamares acima de 96%, evidenciando a necessidade de melhorias na eficiência dos aparelhos.
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Afinal, geladeira via ficar mais cara? Vai aumentar o valor? Impacto no Mercado e nos Consumidores
A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) expressou preocupação com as mudanças, afirmando que a saída de produtos mais acessíveis do mercado pode resultar em uma “comercialização predominante” de geladeiras de alto padrão.
Isso, por sua vez, implicaria em geladeira mais cara.
Em outras palavras, conforme o cenário desenhado, para a Eletros, a geladeira vai sim aumentar o seu valor. Os preços poderiam variar entre R$ 5.280 e R$ 7.920, segundo a entidade.
E a crítica não se limita apenas aos preços.
A Eletros argumenta que os novos índices de eficiência eliminarão aproximadamente 83% das geladeiras atualmente vendidas no Brasil.
Essa mudança impactaria, sobretudo, consumidores de baixa renda, tornando os produtos mais inacessíveis para essa parcela da população.
Renato Alves, diretor da Eletros, em comunicado à imprensa afirmou o seguinte:
“É necessário considerar a realidade brasileira. Infelizmente, com as novas regras, o consumidor de baixa renda será o mais prejudicado e, consequentemente, a indústria e seus colaboradores. Desinvestimentos e perda de centenas de postos de trabalho podem ocorrer nos próximos meses (…)”.
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Prazo curto para implantação?
Além do suposto “rigor”das regras, a Eletros também criticou o curto prazo de implantação, considerando insuficiente para a adequação da indústria.
Por outro lado, conforme divulgado pela Revista Exame, a Rede Kigali, uma aliança formada por ONGs, que defende as mudanças, alega que as geladeiras vendidas no Brasil estão defasadas em eficiência quando comparadas a outros países, incluindo nações emergentes. Portanto, urge a necessidade de mudança.