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A alta inflação na Argentina tem impactado severamente a vida dos argentinos. Nos últimos anos, os preços aumentaram significativamente, atingindo taxas de inflação anual de até 108,8% em abril de 2023.
Essa situação levou milhões de argentinos a não conseguirem suprir sequer suas necessidades básicas, resultando em uma taxa de pobreza de 40% da população. Entre as crianças, mais da metade (54,2%) vive abaixo da linha da pobreza, totalizando quase 6 milhões de crianças afetadas.
Projeções da inflação na Argentina
Economistas projetam que a inflação na Argentina continuará aumentando, impulsionada pelos altos índices registrados nos últimos meses.
A taxa atingiu o ponto mais alto desde a crise econômica de 2002, afetando especialmente as famílias de baixa renda devido ao aumento dos preços dos alimentos.
Além disso, a falta de paridade salarial afeta os trabalhadores informais e autônomos, que representam uma parcela significativa da força de trabalho no país.
Estudos indicam que a maioria dos empregos criados após a pandemia foram informais ou autônomos não registrados.
Desemprego não é problema
Apesar da taxa de desemprego considerada baixa, de 6,3%, na Argentina, os salários são muito baixos e não garantem proteção contra a inflação.
O salário mínimo em abril era de cerca de US$ 170, o mais baixo da América do Sul depois da Venezuela, sendo insuficiente para cobrir as despesas básicas de uma família.
Muitos trabalhadores estão enfrentando dificuldades financeiras, perdendo poder de compra e tornando-se pobres.
Segundo a Labor Capital Growth (LCG), os trabalhadores registrados perderam cerca de 20% de seu poder de compra nos últimos cinco anos, enquanto os não registrados perderam quase o dobro.
A pesquisa do Observatório da Dívida Social Argentina também revelou que quase um terço de todos os trabalhadores são pobres.
A inflação descontrolada está afetando severamente a qualidade de vida e o bem-estar econômico dos argentinos.