Mercado de cartões de crédito tem domínio de Caixa, Itaú e outros “bancões”(mas alerta é vital)

No competitivo mercado de cartões de crédito no Brasil, os chamados “bancões” (Caixa, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander) continuam a dominar. Isso, apesar da crescente concorrência dos bancos digitais. De acordo com dados recentes do Banco Central, mais de 60% dos saldos devedores estão concentrados nessas instituições, reforçando sua posição de destaque.

Em meio a esse cenário surge uma preocupação: o aumento do número de cartões e a questão do endividamento.

Cartões de crédito são quase o dobro da população

O país alcançou um marco impressionante em junho de 2022, com 190,8 milhões de cartões de crédito ativos, quase o dobro da população economicamente ativa.

Esse número expressivo representa um aumento de 30,9% desde junho de 2019.

Surpreendentemente, o crescimento tem sido impulsionado principalmente pelas instituições financeiras digitais, que registraram um notável aumento de 292,3% no saldo devedor dos clientes.

Embora a maioria dos indivíduos possua apenas um cartão de crédito, houve um ligeiro aumento na proporção de pessoas com dois ou mais vínculos.

Preocupação com o endividamento com o aumento do número de cartões por pessoa

Diante dessa realidade, o Banco Central tem realizado análises minuciosas sobre o uso de múltiplos cartões de crédito e seu impacto no endividamento das famílias.

Embora o acesso aos cartões de crédito seja considerado positivo para a inclusão financeira, o Banco Central expressa preocupação com o crescente endividamento.

Em um documento divulgado pelo órgão, destaca-se que o aumento no número de cartões está diretamente relacionado a um maior uso de linhas de crédito onerosas, como é o caso do crédito rotativo.

Diante dessa preocupação, o governo tem buscado soluções para as altas taxas do crédito rotativo, inclusive considerando a possibilidade de sua eliminação.

Além disso, o Banco Central identificou que bancos privados menores e financeiras possuem um endividamento mais significativo nos cartões de crédito, enquanto os bancos cooperativos apresentam um menor uso de modalidades com juros.

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