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Um estudo recentemente publicado no Academy of Management Journal traz à luz uma dinâmica complexa que existe entre o perfeccionismo dos líderes e o desempenho dos funcionários dentro das organizações. Os resultados dessa pesquisa desafiam as percepções convencionais sobre a influência do perfeccionismo no ambiente de trabalho, fornecendo novas informações para os profissionais de gestão.
O olhar, especificamente, foi voltado aos efeitos de uma liderança perfeccionista em comandados. Em como o indivíduo reage a alguém no comando, que seja muito exigente e que não se conforme com apenas o bom, mas que busca a excelência no padrão das ações.
Ficou constatado que, embora esses líderes possam estimular a criatividade e a inovação ao estabelecerem altos padrões e desafiarem o status quo, também podem aumentar o estresse e inibir a criatividade.
Resultados do estudo sobre os efeitos da liderança perfeccionista
Como apontado acima, o estudo destacou que embora o perfeccionismo possa motivar, ele também pode exaurir emocionalmente os subordinados.
Seu impacto varia dependendo da personalidade e características individuais.
Os resultados apontaram que funcionários com um senso interno de controle são mais propensos a colaborar com líderes perfeccionistas.
Em outras palavras, pessoas que tendem a acreditar que têm o poder de influenciar seus resultados por meio de suas próprias ações, habilidades e esforços, se encaixam bem às cobranças desse tipo de líder.
Já aquelas com um senso externo de controle tendem a experimentar maior exaustão emocional.
O senso externo de controle tem relação com recursos limitados, pressão por prazo, mudanças constantes, ambiente de trabalho competitivo entre outros.
De maneira mais resumida, funcionários com um senso externo de controle são aqueles que acreditam que os resultados em seu ambiente de trabalho são determinados principalmente por fatores como sorte, circunstâncias ou influência de outras pessoas.
O desenvolvimento da pesquisa e as considerações sobre os resultados
Os estudos foram liderados pela pesquisadora chinesa Zhi Liu, da Universidade Peking em parceria com Linna Xu da Universidade de Beihang, Ming Ji e Yuntao Dong da Universidade Peking, e Chia-Huei Wu da Universidade de Leeds.
Uma das motivações para que a pesquisa fosse desenvolvida, tem a ver com o fato de que mais de 60% dos líderes se identificam como perfeccionistas.
Em resumo, a pesquisadora Zhi Liu considera que essa característica dos líderes é algo complexo, e caberá, portanto, a cada qual, saber regular a dosagem, pois:
“O perfeccionismo é uma faca de dois gumes. Pode motivar as pessoas, mas, por outro lado, pode acabar com a energia delas.”
Entender essa dinâmica é crucial para equilibrar a motivação e evitar o esgotamento emocional.
Caberá ao bom líder a habilidade de saber discernir o comportamento individual de cada um perante os desafios apresentados.
Ele será fundamental para promover um ambiente de trabalho saudável e apoiar o desenvolvimento dos colaboradores, levando em consideração suas capacidades e limitações.
Com informações de Academy of Management Insights