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O custo das despesas médicas e administrativas atingiram valores surpreendentes. Com isso, o prejuízo operacional no ano de 2022 chegou ao valor de R$11,5 bilhões. Isso deverá impactar diretamente nos valores dos reajustes dos planos de saúde. Esses custos operacionais não levam em consideração os ganhos financeiros, no entanto, essa perda é o maior prejuízo no setor desde 2001.
Quais os valores dos prejuízos?
Todo o prejuízo operacional acarretou déficit de R$ 11,5 bilhões, resultado de um gasto de R$ 265,1 bilhões, oposta a uma receita de R$ 264,2 bilhões. Com isso, o índice de reajuste nos planos de saúde deve ficar em 8,8%.
Apesar das operadoras terem amplas reservas para cobrir possíveis casos de falência, o setor de planos de saúde teve um prejuízo líquido significativo de R$ 505,7 milhões no ano anterior.
Isso contrasta fortemente com o lucro líquido de R$ 2,6 bilhões registrado em 2021.
Operadoras de planos de saúde apresentam problemas financeiros
A Fenasaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) alertou sobre o aumento significativo de operadoras de planos de saúde com crises financeiras.
Em 2019, eram 171 dessas operadoras, com um total de 3,8 milhões de usuários, onde o segmento de saúde suplementar apresentou uma receita de aproximadamente de R$ 214 bilhões, e uma despesa com assistência médica de aproximadamente R$ 174 bilhões.
No ano seguinte, o número de operadoras no vermelho havia aumentado para 263.
Essas empresas em dificuldades agora possuem mais de 18 milhões de clientes.
Crescimento no número de beneficiários
Houve um aumento considerável no número de beneficiários no ano passado, cerca de 239 bilhões.
No entanto, o crescimento da receita foi de apenas 0,33%. Enquanto, de 2020 para 2021, a receita cresceu aproximadamente 10 bilhões, com um aumento de praticamente 2 milhões de beneficiários.
Apesar do aumento significativo de usuários e receita, houve uma queda abrupta na lucratividade que está relacionada ao aumento na utilização dos planos e altos custos com procedimentos médicos.